O deputado Zeca Dirceu (PT) disse na última sexta-feira, 9, para um grupo de estudantes e professores da Unila (Universidade Federal Latino Americana) em Foz do Iguaçu que é preciso “colocar a educação de novo como a grande prioridade do País”.
“A educação e as universidades federais não podem ser colocadas como inimiga do governo e ter cortes sistemáticos de verbas e do orçamento como acontece nos últimos anos”.
Zeca Dirceu é titular da Comissão da Educação, se diz “um apaixonado” pela área e tem um trabalho de 12 anos junto com as universidades federais e estaduais, com as secretarias municipais e com os institutos federais. “Eu tenho uma relação com mais de uma década de trabalho, de cooperação e através de emendas procuro destinar recursos para o setor como, por exemplo, para a construção do alojamento estudantil da Unila, que é um prédio fantástico e que foi inaugurado no ano passado”.
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Segundo o deputado, não há nem como comparar os desempenhos do governo Lula (PT) com o atual governo quando o tema é a educação superior.
“Nós tínhamos um período diferente. A educação por mais de 10 anos teve aumento contínuo no seu orçamento. A Unila foi criada no governo do presidente Lula. O Paraná recebeu ainda a Universidade Federal da Fronteira, a Universidade Federal do Paraná implantou três campi no interior do estado. A UTFPR tem 16 campus em todo estado e o Instituto Federal de Educação tem unidades em 26 cidades paranaenses”.
“Inaceitável” – “Essa redução sistemática do orçamento da educação é inaceitável e inconcebível para um país que quer ser uma grande nação”, disse Zeca Dirceu. “Eu estou em contato direto com os estudantes e professores, buscando subsídios para ser a voz da educação do Paraná no Congresso Nacional. Mas, como eu disse, é o período mais difícil, de sucateamento e desmantelamento do ensino público no país”.
Um exemplo, disse o deputado, está no corte de R$ 300 milhões pelo Ministério da Educação para os institutos federais em 2023. “Esses recursos serviriam para despesas de custeio como água, luz, limpeza e até bolsas dos estudantes”.
Se a situação da educação pública é crítica, Zeca Dirceu aponta a “destruição brutal” das áreas de ciência e tecnologia do país.”Isto afeta o desenvolvimento e geração de emprego. Vou citar um exemplo, o que seria do agronegócio se não fosse a pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e de inovação para melhorar a qualidade do solo, para melhorar as sementes, para melhorar a capacidade de produção do Brasil?”, questiona.
“Não seríamos uma potência agrícola se não existisse a Embrapa, investimentos em ciências, tecnologia, pesquisa, inovação, extensão rural. Agora, estamos na contramão do que as nações mais ricas fizeram e fazem, estamos na contramão do que o Brasil conseguiu fazer de 2003 até 2015”, completou.
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