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Metrô de Curitiba fica no papel, aponta Valor

Metrô de Curitiba fica no papel, aponta Valor

O Metrô de Curitiba está na lista dos projetos de mobilidade urbanas de sete capitais, que dependem de recursos federais, e que ficaram no papel, conforme apurou o Valor Econômico na edição desta terça-feira, 28.”Entre a promessa e a realidade, o retrato é frustrante. Quase cem quilômetros de linhas de metrô ou de veículos leves sobre trilhos ficaram apenas no papel. Eram projetos bilionários em sete capitais: Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia, Rio, Belo Horizonte e Fortaleza. Nenhum tinha relação com a Copa de 2014″, diz o jornal.

“Em abril de 2012, a presidente Dilma Rousseff lançou um pacote com a promessa de recursos a fundo perdido e financiamento subsidiado de R$ 32 bilhões para espalhar linhas de metrô pelas maiores capitais do país em projetos de mobilidade urbana. No ano seguinte, em resposta às manifestações de junho, Dilma reuniu os 27 governadores para anunciar cinco pactos e prometeu mais R$ 50 bilhões em investimentos na área de mobilidade”, lembra o Valor.

A única obra que deu sinais concretos de avanço foi a construção da linha leste do metrô de Fortaleza, mas por pouco tempo. Abertos no fim de 2013, os canteiros foram abandonados no fim do ano passado. Mais de 70% dos investimentos previstos têm origem no Orçamento da União e em financiamentos de longo prazo, com juros subsidiados, da Caixa Econômica Federal. O restante vem dos cofres estaduais.

Até o fim do primeiro trimestre, apenas R$ 824 milhões de tudo o que Dilma havia prometido tinham sido efetivamente pagos, segundo dados obtidos pelo Valor por meio da Lei de Acesso à Informação. O secretário de mobilidade urbana do Ministério das Cidades, Dario Reis Lopes, relativiza o impacto do ajuste fiscal nos atrasos e prefere chamar atenção para equívocos cometidos no passado.

Ele lembra que, primeiro, houve dificuldade de muitos governadores e prefeitos em elaborar projetos de engenharia de boa qualidade – um pré-requisito para ter acesso às verbas federais. Depois, faltou fechar a equação financeira para garantir as operações de longo prazo das novas linhas, normalmente pouco rentáveis.