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Maior parque privado de geração eólica do Paraná deve iniciar instalação em 2019

Será construído no Sudoeste paranaense um dos maiores parques privados de geração de energia elétrica por fonte renovável do Sul do país. O Complexo Eólico de Palmas II recebeu autorização prévia concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná e pode iniciar a fase de licenciamento para a instalação e operação. Composto por oito usinas em 16 mil hectares (área equivalente a meia Curitiba), o novo parque terá potência projetada para cerca de 160 Megawatts, 64 vezes superior à pioneira Usina Elétrica de Palmas, que integra o parque gerador da Copel e está em operação desde 1999. As informações são de Cristina Seciuk na Gazeta do Povo.

A escolha da área para a instalação do complexo considerou a análise de estudos oficiais como os Atlas Eólicos do Estado do Paraná e do Brasil além de medições próprias que começaram a ser realizadas em 2009 pela dona do empreendimento, a Enerbios Consultoria em Energias Renováveis e Meio Ambiente. De acordo com o engenheiro e presidente da empresa, Ivo Pugnaloni, a vizinha pública Palmas I obtém resultados satisfatórios há 20 anos, mas tem torres de 47 metros, consideradas muito baixas e limitadoras da capacidade de geração.

“É uma jazida de vento em desenvolvimento que foi subestimada devido à baixa altura das torres instaladas até aqui. É uma região de 1.250 metros [acima do nível do mar], a altura de torres não pode ser similar à beira de praia, as aplicações devem ser diferentes”, avalia. “Nosso rotor deve ter 140 metros no parque piloto; é a nossa meta, mas podemos chegar a 160 alcançando fatores de capacidade similares ao Nordeste”, afirma o representante da empresa, que destaca a inovação com uso das torres mais altas empregadas no país. Pugnaloni completa afirmando que quando empreendimentos dessa natureza são instalados em platôs, no interior do continente, a elevação é essencial para conseguir uniformidade dos ventos e ampliar a geração. “Experiências em outros parques demonstram que diferenças de 20, 30, 40 metros podem aumentar a produção em mais de 20%”, destaca.

Segundo o presidente da Enerbios, o cronograma de instalação e operação estabelecido para o Complexo de Palmas II prevê as instalações iniciais já entre maio e junho de 2019 e a expectativa é para o início da completa operação comercial em janeiro de 2023. A energia gerada deve ser oferecida no mercado livre ou de curto prazo.

Cenário vantajoso
Além de apostar na altura, Palmas II tem ainda a vantagem de proximidade com a chamada rede básica de transmissão do Sistema Interligado Nacional. Distante apenas 30 quilômetros de uma subestação da Copel, o complexo pode levar vantagem quando o assunto é perda de energia em oposição ao que acontece com os parques eólicos do Nordeste, com distâncias que ultrapassam os três mil quilômetros. “ É uma grande diferença quando se pensa na energia que se perderá na transmissão. As nossas perdas tendem a ser a centésima parte do que ocorre na geração vinda do Nordeste. Podemos até gerar menos, mas o balanço econômico tende a ser mais favorável”, avalia o presidente da empresa responsável pelo futuro complexo.

Os investimentos previstos são da ordem de R$ 1 bilhão. Para conseguir o licenciamento definitivo, o Complexo Eólico Palmas II terá que atender a 29 condicionantes previstas na Licença Ambiental Prévia, consideradas adequadas pela empresa, que não acredita em dificuldades para o atendimento das exigências do IAP.

Localizada no município de Palmas, divisa com o estado de Santa Catarina, a área – arrendada a 50 produtores rurais – será aproveitada também para a manutenção, em paralelo, de práticas agrícolas como lavoura, pastagem e reflorestamento. Com a emissão da autorização inicial, ficam proibidas construções, terraplanagem ou desmatamento no local.”

link matéria
https://www.gazetadopovo.com.br/politica/parana/maior-parque-privado-de-geracao-eolica-do-parana-deve-iniciar-instalacao-em-2019-6itwa2fv65n4sif4xwuovht3i/
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