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Gaeco investiga fraudes no contrato de máquinas na prefeitura de Cascavel

Gaeco investiga fraudes no contrato de máquinas na prefeitura de Cascavel

É o assunto do momento relevado pelo jornal Pitoco na edição desta sexta-feira, 24, em Cascavel. O vereador Celso Dal Molin (PR) registrou denúncia no Gaeco e já tem assinaturas suficiente para instalação de CPI que vai investigar fraudes na contratação de máquinas pela prefeitura de Cascavel. A seguir um resumo da matéria do jornal.

Na carta ao Gaeco, o vereador relata que apesar de um novembro mais do que chuvoso em 2015 e com três feriados, o caminhão basculante pago a R$ 95 a hora pela prefeitura de Cascavel para trabalhar nas estradas difíceis da zona rural do município, operou 17 horas por dia, todos os dias, incluindo sábados e domingos. Naquele mês, o caminhão recebeu por 500 horas de serviço.

Dal Molin quis conhecer os operadores do caminhão, da escavadeira, rolo compactador e máquina motoniveladora. O conjunto de seis máquinas movimentou R$ 6,5 milhões, segundo estudo do vereador. No último vínculo, estavam contratadas 15 mil horas por R$ 1,9 milhão.

Operando dia e noite, em apenas nove meses as máquinas executaram serviços que estavam previstos para durar um ano. Então, foi autorizado um aditivo de 25%. A conta saltou para R$ 2,4 milhões, dinheiro suficiente, segundo o vereador, para a Prefeitura comprar uma patrulha rural zero km, contendo motoniveladora, trator de esteira, três retroescavadeiras e três caminhões, todos novos.

Dal Molin estranhou outro fato e enviou um emissário até a sede da empresa. No endereço declarado, em Serranópolis do
Iguaçu, encontrou uma panificadora. Findo o contrato aditivado, a prefeitura realizou nova licitação. Três CNPJs diferentes disputaram a licitação. Mas os sobrenomes dos donos eram iguais. Ou seja, três parentes em primeiro grau disputaram a licitação representando empresas supostamente diferentes.

“Concorreram em família”, resumiu o vereador em carta-denúncia ao Gaeco. Após a repercussão do tema, a prefeitura anulou a concorrência familiar. Mas agora terá que mostrar onde foram aplicadas as milhares de horas pagas para a empresa sediada na panificadora.

A CPI proposta pelo vereador já tem assinaturas suficientes para ser protocolada nesta terça-feira, 28. E o Gaeco passou a investigar o caso. “São máquinas virtuais. Fui atrás, mas não achei uma sequer. A resposta era sempre a mesma: estão no trecho”, disse Dal Molin sobre as máquinas usadas nos serviços.

Dal Molin quer respostas simples. Em nome de quem estão as máquinas? A empresa prestadora de serviço – e que faturou quase R$ 7 milhões – tem R$ 40 mil de capital social, suficiente apenas para possuir um carro popular em seu patrimônio. A resposta é tão complexa que há dois meses o vereador aguarda documentos.