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G20 anuncia compromisso de limitar aquecimento global a 1,5°C

Os líderes das 20 maiores economias do planeta anunciaram o compromisso de limitar o aquecimento global a 1,5°C e a encerrar os subsídios para a produção de carvão mineral. As conclusões constam do documento final da reunião de cúpula do G20, que terminou hoje (31) em Roma.

O acordo foi firmado no mesmo dia em que começou a 26ª edição da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia. Responsável por 80% das emissões globais de gás carbônico, os países do G20 pretendem interromper, ainda neste ano, os financiamentos de novas usinas de carvão. Em relação à eliminação do material como fonte de energia, os líderes do grupo não estipularam um prazo para que isso ocorra, porque não houve consenso.

Apesar da intenção de segurar o processo de aquecimento global, o G20 não estabeleceu uma data para a neutralidade de carbono, quando todas as emissões deverão ser compensadas por medidas de produção de oxigênio, como o reflorestamento. O documento final informou somente que esse objetivo deve ser alcançado “por volta da metade do século”.

O encontro não teve a participação de China e Rússia, dois países dependentes do carvão como fonte de energia. Atualmente, a China enfrenta uma escassez de carvão mineral que vem encarecendo o custo da energia na segunda maior economia do planeta. Também dependente da energia do carvão, a Índia participou da reunião e defendeu a meta de neutralidade de carbono apenas para 2060.

Vacinação

Os líderes do G20 também assumiram o compromisso de vacinar 70% da população mundial contra a covid-19 até o fim de 2022. O comunicado final do encontro informou que os países do grupo vão distribuir imunizantes a países pobres e transferir tecnologias para que vacinas com a tecnologia de RNA mensageiro sejam produzidas em países em desenvolvimento, como o Brasil.

“Reconhecendo que as vacinas estão entre as ferramentas mais importantes contra a pandemia e reafirmando que a ampla imunização covid-19 é um bem público global, avançaremos nossos esforços para garantir o acesso oportuno, equitativo e universal a vacinas seguras, acessíveis, de qualidade e eficazes, terapêutica e diagnósticos, com atenção especial às necessidades dos países de baixa e média renda”, destacou o texto.