A comitiva do Ministério da Infraestrutura que está acompanhando os estudos da Nova Ferroeste esteve nesta quinta-feira (24) em Foz do Iguaçu, na região Oeste. A cidade receberá um ramal do novo traçado, o que a conectará a Cascavel, onde já existe um terminal da Ferroeste.
Na agenda, a comitiva se reuniu com parte da diretoria da Itaipu Binacional, que tem uma parceria de mais de R$ 1,4 bilhão com o Estado do Paraná em obras de infraestrutura. Especificamente em Foz do Iguaçu, ela envolve a Ponte da Integração e a nova perimetral, a duplicação da Rodovia das Cataratas e a ampliação da pista do aeroporto, já concluída.
Participaram do encontro o general Luiz Felipe Carbonell, diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, e o coronel Theófanes Pessôa, chefe de gabinete da diretoria.
Durante a conversa, o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, atualizou o andamento dos estudos necessários para a finalização do projeto, que será levado a leilão em 2022. “Estamos otimistas com a Nova Ferroeste. Ela atrairá interessados, reduzirá o Custo Brasil sobre os nossos produtos e ajudará a economia do Estado”, afirmou.
Marcos Félix, assessor especial do Ministério da Infraestrutura, ressaltou o potencial de escoamento pela cidade, conectada a dois importantes parceiros comerciais do Brasil, Paraguai e Argentina.
“O Paraguai é um grande produtor de grãos e no passado tinha uma ligação muito forte com Paranaguá. Esperamos que com a construção da Nova Ferroeste esse negócio possa ser retomado”, disse. “A nova ferrovia vai ajudar a produção do Paraná, do Mato Grosso do Sul, e dos países que se integram ao País por Foz do Iguaçu, que tem uma das fronteiras mais movimentadas do Brasil”.
CONEXÃO – Da Itaipu, a comitiva seguiu para o canteiro de obras da segunda ponte sobre o Rio Paraná, a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que já está com 63% da obra finalizada. O baixo nível do rio nos últimos meses dificultou o transporte de material entre os dois lados, mas o cronograma ainda prevê a inauguração para o próximo ano. Hoje, 200 operários trabalham nas duas margens.
“A Nova Ferroeste é importante para o Brasil, por isso é essencial fazer essa integração binacional e multimodal que acontecerá em Foz do Iguaçu. Com esse traçado de Foz do Iguaçu a Paranaguá vamos viabilizar a ligação do Atlântico com o Pacífico, conectando o Brasil ao Paragua, Argentina e Chile”, destacou o assessor do Ministério.
“Logística é conexão de modais. Ao chegar em Foz do Iguaçu a Nova Ferroeste se aproximará da nova ponte, dessas novas obras de infraestrutura, com isso estamos abrindo um novo caminho para o mercado externo”, reforçou Fagundes.
AGENDA – Foz do Iguaçu foi o quarto compromisso da comitiva no Paraná. Anteriormente os técnicos do governo federal estiveram em Cascavel, Paranaguá e Curitiba.
NOVA FERROESTE – Proposta pelo Governo do Paraná, a Nova Ferroeste ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, com um ramal até Foz do Iguaçu. Atualmente, o projeto está em fase de elaboração dos estudos de viabilidade técnica, econômica, ambiental e jurídica.
A Nova Ferroeste, como é conhecida, dará origem a um dos mais importantes corredores de exportação do País. A nova malha ferroviária terá 1.285 km de extensão e a estimativa de investimentos é de em R$ 25 bilhões. Quando concluído, será o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres refrigerados do Brasil.
Deixe um comentário