Foz do Iguaçu se antecipou novamente ao defender a instalação de barreiras sanitárias contra covid/coronvaírus na Ponte da Amizade. O pedido foi reforçado ao governo federal e já leva em conta três situações graves: explosão de casos no Paraguai, colapsando o sistema de saúde do país; a quarentena rigorosa por nove dias na Argentina decretada pelo presidente Alberto Fernández; e a proibição do governo de barrar nos aeroportos de passageiros estrangeiros de voos com origem ou passagem pela Índia, Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul.
O Ministério da Saúde anunciou que vai instalar barreiras sanitárias em portos e aeroportos para prevenir a entrada de novas variantes do coronavírus. A instalação da triagem alcança rodoviárias e rodovias e foi proposta pela prefeitura de São Paulo. O objetivo é evitar que novas variantes do coronavírus se espalhem pelo país. A maior preocupação é com a cepa identificada na Índia.
Mais de 800 indianos residem no Paraguai, principalmente em Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu. O prefeito Chico Brasileiro já havia alertado sobre a situação há duas semanas durante audiência no Ministério de Saúde. Desde então, os casos no Paraguai explodiram e o Brasil vive sob iminência de circulação da cepa indiana no país.
Preocupação
As novas variantes também preocupam o governador do Paraná, Ratinho Junior. Durante entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 21, o governador externou essa preocupação com as fronteiras secas com com outros países e com o Porto de Paranaguá.
Ratinho Junior aponta para atenção especial às barreiras sanitárias nestes locais, o que já vem sendo defendido por Chico Brasileiro na fronteira com o Paraguai. “A Secretaria (Estadual) de Saúde está monitorando”, disse ao responder sobre a possibilidade de entrada da cepa do vírus no Paraná.
“Ontem (quinta-feira, 20) tive reunião com o secretário Beto Preto. Existe uma preocupação. Porque também tem uma variante da Argentina e nós fazemos fronteira com a Argentina, apesar que lá estar fechado”, ressaltou. Além disto, o Estado implantou protocolo de controle no Porto de Paranaguá, “desde o início da pandemia”, recordou.
“Tanto é que tivemos poucos casos no Porto de Paranaguá, graças ao protocolo muito rígido que foi feito através da direção do Porto de Paranaguá”, disse. Além dos critérios já adotados, o Paraná vai continuar não vigilante e “torcendo para que essa cepa não se propague como a da Amazônia, que infelizmente trouxe uma segunda onda muito forte”, completou.
Novas variantes
Chico Brasileiro já reforçou na segunda-feira (17) aos ministérios da Saúde, das Relações Exteriores e da Defesa, o pedido para instalação de barreiras sanitárias na Ponte da Amizade. A preocupação é com a circulação de pessoas de países e regiões com aumento exponencial da covid e com novas variantes do coronavírus.
Brasileiro citou a decisão de Brasília que proibiu o pouso de aviões provenientes da Índia, entre outros países, no território nacional. “Não se trata de fechar a ponte e impedir o trânsito entre os países, queremos ampliar o controle sanitário, mobilizando agentes de órgãos federais e do município”.
No Paraguai, com aproximadamente sete milhões de habitantes, os casos de covid explodiram e colapsaram o sistema de saúde. Só nos primeiros meses deste ano, o total de mortes pela doença passou de cinco mil, mais que o dobro das 2.262 mortes de todo o ano passado, lembra Chico Brasileiro.
Na quinta-feira (20), a prefeitura de Foz do Iguaçu fechou uma parceria com a Secretaria Estadual de Segurança, que disponibilizou efetivos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros em apoio à barreira sanitária na ponte. A colaboração foi firmada em reunião com o secretário Rômulo Marinho Soares.
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