Folha de São Paulo
Pobre menina. Os olhos profundamente tristes, a capacidade de encantar e cativar a solidariedade, a falta de expectativa com um futuro amoroso e a enorme solidão foram as marcas que parecem indeléveis do desabafo de Xuxa, domingo último.
Como ela é maior que o relato de abuso sexual, fica essa imagem doce sem horizonte e eixo, com as marcas da tragédia vivida. No formato escolhido para o depoimento, Xuxa mergulha no oceano das frustrações de sua vida privada e nas fantasias (vividas e reescritas) de suas histórias de amor.Sobre a vida pública, temos um caminho de elaboração da dor, da humilhação e da culpa. Quem acompanha sua carreira desde o início percebe a autodesvalorização e o resgate da autoestima e de “uma limpeza” subjetiva pelo trabalho com crianças. O que a torna “presa” ao caminho televisivo para a manutenção do seu equilíbrio.
Talvez o desabafo seja o ponto final de uma demorada e penosa trajetória. Muitas vezes, vítimas de abuso só conseguem falar abertamente sobre o que aconteceu quando sublimam, de alguma forma, a violência. Este parece ser o caso de Xuxa. As feridas, que impedem ainda pensar uma vida amorosa sem ser num encontro com Ayrton Senna no pós-vida, ainda estão expostas.
Feita essa “análise”, só ousada pela corajosa abertura da própria Xuxa, pensemos nos milhares de crianças que estão sendo abusadas -e que tal exposição propiciou que isso viesse à tona. Sempre forte nos depoimentos das vítimas são a culpa, o medo e a solidão. Pode ser complicado de entender a culpa. Ela vem mais tarde. Primeiro, chega a indagação solitária sobre o que estaria acontecendo. O significado de atos tão estranhos, o porquê daquilo e o “errado”, percebido no escondido, funcionam como mordaças. Torna-se difícil pedir ajuda se não houver abertura para tal. Vide o caso Xuxa, que enaltece a mãe amorosa mas que não percebia o que ocorria. Com a não compreensão do que se passa vem o medo da cumplicidade e a indagação: por que eu? E, por fim, com o entendimento, vem a culpa e a vergonha. O primeiro sinal deveria ser percebido no lar. A criança muda de comportamento com alguma pessoa. Estranho? Tem que saber o que há. Pode também aumentar a agressividade ou, ao contrário, o isolamento. O outro passo tem que ocorrer na escola, com professores preparados para detectar as mudanças de comportamento e sabendo como conversar com a criança e encaminhar o caso à família ou ao Conselho Tutelar. Geralmente, o molestador é conhecido. Xuxa, que se conecta com crianças, ajudou-as e a seus pais ao falar de forma tão pessoal de um tema tabu. Haja vista que as denúncias cresceram 30% após seu depoimento. Mas será pouco o ganho se a criança não tiver para quem apelar.
pensemos também em quem foram seus amantes ,apenas homens famosos ou ricos…pensemos no porque nunca procurou o verdadeiro amor na simplicidade do poder…pensemos no adolescente que usou em filmagens pornográficas…parem de endeusar esta pilantra,se ela foi abusada por 3 ,deveria ter deixado escapar alguma coisa no passado que levasse os mesmos a juizo..quem sabe os motivos de não ter fetito isso (denuncia) ..pensemos no porque diversos famosos ao cair no esquecimento da midia,criam factoides pra aparecer de novo ,isto virou moda
Que moral tem esta tal Marta pra querer enfiar mmmm na cabeça das pessoas de bem?
Oque não se faz por mais alguns momentos de fama.Pobre moça, vazia, não aprendeu nada na vida.