Quem nunca resolveu um perrengue por meio do WhatsApp? É esse o gancho da primeira campanha publicitária global que a empresa fará para se promover como serviço confiável para conversas privadas. E o Brasil, que tanto adora o aplicativo, foi escolhido como o país que receberá, nesta quinta-feira (13), a propaganda de estreia, com temática carnavalesca.
Depois de atingir a marca de 2 bilhões de usuários no mundo inteiro, o aplicativo poderia ter escolhido a Índia, seu maior mercado, para iniciar a campanha mundial. Contudo, a relação do brasileiro com o serviço — e a abundância de histórias dele ajudando pessoas por aqui — pesou para escolha do país como o ponto de partida para as propagandas.
“O Brasil é um dos maiores mercados do WhatsApp. É um dos países mais ativos não só em número de usuários, mas na utilização do aplicativo”, conta Taciana Lopes, líder de consumer marketing do Facebook Brasil.
Apesar de essa ser a primeira peça publicitária feita para promover a marca, Lopes lembrou que o WhatsApp já havia feito propagandas no Brasil anteriormente, mas com outra finalidade. “Durante as eleições, fizemos uma campanha também, mais educacional, não de marca. Já tínhamos começado esse ‘namoro’ no país”, explica.
Anteriormente, a publicidade promovida pelo WhatsApp em meios de comunicação brasileiros teve como objetivo a conscientização do uso da plataforma durante o período eleitoral. Veiculada em outubro de 2018, a campanha pedia que usuários checassem informações recebidas antes que eles repassassem notícias falsas, ou distorcidas, adiante.
Desta vez, a proposta é destacar os pontos fortes da plataforma, que oferece comunicação privada e segura. Não por acaso, o slogan que será usado no Brasil é “Fica só entre vocês”. A produção tem como inspiração o incêndio que destruiu quatro carros alegóricos da escola de samba Independente Tricolor em outubro do ano passado — e como a comunicação pelo app permitiu que rivais ajudassem que a escola se recuperasse do desastre.
Depois do Brasil, a campanha irá para outros países do mundo. Propriedade do Facebook, o WhatsApp poderia muito bem estar impulsionando uma nova visão corporativa apresentada por Mark Zuckerberg no ano passado: Facebook e Instagram passarão a focar mais nas interações privadas, com menos informações sendo compartilhadas para todo mundo ver. Segundo Lopes, porém, esta não foi a motivação por trás das propagandas.
“Não vem disso, mas pode ter uma consequência disso. O WhatsApp já tem essa característica de ser mensagem privada desde a concepção. Tanto que a criptografia de ponta a ponta é um recurso importante. Para gente foi uma escolha natural falar dessas conversas mais privadas”, afirma a líder do Facebook Brasil.
Lopes também entende que, apesar de não ser a intenção do WhatsApp, a peça publicitária “ajuda nessa narrativa da companhia”. Por outro lado, é estratégico e proposital o final do vídeo, que coloca os dizeres “From Facebook” (do Facebook, em inglês) abaixo do nome do aplicativo. Assim como já acontece quando você abre o seu WhatsApp ou o Instagram, a corporação Facebook já é identificada como proprietária dos serviços.
“A gente quer cada vez mais deixar claro quais são as marcas que pertencem à empresa mãe”, completa.
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