Fernanda Richa
A instituição do voto feminino no Brasil completou 84 anos, no último dia 24. Esse importante direito, assegurado pelo então presidente da República Getúlio Vargas, em 1932, é resultado do anseio de muitas mulheres idealistas, algumas delas líderes e outras anônimas, que há mais de duas décadas reivindicavam a mesma condição que até então era concedida apenas aos homens.
O Brasil foi um dos primeiros países a garantir o voto feminino, até mesmo antes da França e da Suíça, que instituíram esse direito nas décadas de 40 e 70, respectivamente.
Nestes 84 anos, as mulheres brasileiras consolidaram a participação na política. O que, inicialmente, era um direito assegurado apenas àquelas que tinham renda própria, se tornou obrigatório para todas as mulheres, em 1934. Desde então, as mulheres não só garantiram o direito ao voto, como também passaram a conquistar cada vez mais espaço no cenário político brasileiro.
Hoje, vemos mulheres em todos os cargos eletivos existentes no país, um direito também assegurado por lei. Vivemos um momento de amadurecimento da participação feminina na política nacional e é possível avançar ainda mais. Isso porque, embora representem 52% do eleitorado brasileiro, as mulheres ainda são minoria nas disputas eleitorais. Na última eleição representaram menos de 30% dos candidatos inscritos.
As mulheres possuem a capacidade para superar esse desafio e garantir mais espaço na política, o que é fundamental para o fortalecimento da democracia.
Diante de tantas conquistas, celebro com todas as mulheres a liberdade de escolher o próprio caminho e contribuir, significativamente, para um modelo social e político do país capaz de garantir dias melhores para todos.
Fernanda Richa é secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social do Paraná
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