O deputado Romanelli (PSB) repudiou nesta sexta-feira, 31, a reativação da praça do pedágio na BR 369 em Cambará e o retorno da cobrança de pedágio no local. “Já é um escárnio e mais um insulto à população. No momento em que Lava Jato releva os esquemas de propinas entre agentes públicos e o pedágio e que até os acordos de leniência são questionados, vemos mais essa afronta, a volta da roubalheira com o retorno da praça de Cambará e a cobrança da tarifa”, disse.
“O pedágio não tem limite e continua lesando o bolso do paranaense. As concessionárias, além não fazer as obras previstas no contratos, demonstram uma sanha avassaladora em prejudicar a economia do Estado”, completa Romanelli sobre a decisão da Econorte de retornar a cobrança das tarifas de pedágio na praça de Cambará. O preço para carros será de R$ 21,9 e para caminhões com dois eixos de R$ 38,6.
Segundo o deputado, o pedágio sempre foi um abuso na mesorregião do Norte Pioneiro. “Acho muito injusto. O povo de Cambará, Andirá e da região não pode continuar sendo punido. A praça de pedágio de Jacarezinho faturou quatro ou cinco vezes mais sem ter ficado no local originalmente previsto no contrato”, disse.
“O correto seria fazer apenas o registo da passagem dos veículos pela praça de pedágio, sem que a cobrança seja efetuada”, adianta.
Romanelli defende ainda uma compensação ou um encontro de contas do que já foi pago a mais pelos usuários no pedágio da rodovia. “Nos dois anos que faltam para o fim do contrato será impossível reparar o prejuízo sofrido pelo usuário, ou seja, continuar a cobrança é manter a roubalheira”, completa.
Para entender
No dia 21 de maio, a Justiça Federal autorizou a Econorte a reativar a praça de pedágio para realizar a cobrança da tarifa. Além de autorizar a cobrança na praça, a Justiça determinou que a concessionária retome as obras do cruzamento em desnível em Santo Antônio da Platina.
A Justiça também determinou que a empresa continue prestando serviços de limpeza, conservação e prestação de socorro mecânico e médico no trecho da BR-153, entre Jacarezinho e Santo Antônio da Platina, e PR-090, do entroncamento da BR-369, em Jataizinho, até o trevo de Assaí. Para a Justiça, a empresa deve manter o serviço porque explorou ilegalmente o trecho por 16 anos.
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