Ademar Traiano
A indústria do Paraná fechou os primeiros sete meses do 2017 com crescimento de 3,9% na produção em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o maior avanço do País, superando com folga o segundo e terceiro colocados: Santa Catarina (3,5%) e Espírito Santo (3,1%). Os dados são do IBGE.
O resultado do Paraná ficou bem acima do registrado pelo Brasil no período, que cresceu 0,8%. Em relação a julho do ano passado, a produção industrial paranaense cresceu 2,8% e na comparação com junho, com ajuste sazonal, o avanço foi de 2,3%.
O crescimento registrado nos últimos meses marca a retomada da indústria do Estado, depois de um ano com queda na produção por conta da crise econômica. Uma combinação de prudência fiscal e ousadia na atração de investimentos explica parte desses exitos.
Os resultados do Paraná são notáveis especialmente quando se considera que o estado foi satanizado por ter, no início de 2015 aprovado na Assembleia um ajuste fiscal que contrariou interesses corporativos e que resultou em um sério conflito com professores.
Na ocasião, grandes setores da mídia, viram no ajuste e na firmeza com que o governador Beto Richa enfrentou a oposição ao ajuste, uma espécie de perversidade gratuita. Em 2017, temos uma perspectiva muito mais apropriada para verificar o acerto daquelas medidas.
A maioria dos estados brasileiros não tem recursos para investir, existem casos notórios, como os do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro em que a má situação financeira chegou ao ponto de não poder pagar salários e servidores que vivem uma situação terrível.
O acerto da condução das finanças paranaense também repercute nos resultados macroeconômicos. O Paraná virou o jogo.
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