O projeto Vila A Inteligente quer atrair mais negócios para Foz do Iguaçu, oferecendo oportunidades para empresas de base tecnológica testarem suas soluções em áreas como Tecnologia da Informação e Segurança Pública. Idealizado e patrocinado pelo Parque Tecnológico Itaipu, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Itaipu Binacional, o projeto conta, também, com a parceria da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu.
“Há muitas oportunidades para empresas do ramo. Estão previstas câmeras e softwares com reconhecimento facial, leitura de placas de veículos, conectividade wi-fi, iluminação de espaços públicos, posto para abastecimento de carros elétricos, sensores de temperatura, entre outros. O projeto tem potencial para trazer muitas empresas nacionais e multinacionais para colocarem seus produtos aqui”, afirma o secretário municipal de Tecnologia da Informação, Evandro Ferreira.
Segundo ele, a legislação também está sendo ajustada para receber o novo modelo de Cidade Inteligente. “Por parte da Prefeitura, tem sido vencidas as etapas burocráticas com Decretos de Regulamentação da área, Portarias e todos os atos necessários para agilizar e alavancar a implantação das soluções tecnológicas”, acrescenta Ferreira.
As primeiras tecnologias do Vila A Inteligente começaram a ser instaladas em novembro de 2020. Mas a negociação começou em maio do ano passado. Na ocasião, a Prefeitura de Foz do Iguaçu assinou um decreto autorizando o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) a utilizar o bairro Itaipu A como um ambiente de testes, conhecido dentro do conceito de Cidade Inteligente como espaço SandBox.
O termo SandBox é utilizado na área de tecnologia da informação e corresponde a um ambiente isolado, específico para testes de uma tecnologia, sem impacto às outras atividades que estejam rodando no sistema. O termo também pode ser chamado de Banco de Testes Regulatórios, porque oferece às empresas inovadoras a possibilidade de instalar e avaliar, por um prazo determinado, a funcionalidade daquela tecnologia. Após os testes, os resultados e riscos são avaliados.
É aí que entra o Comitê Gestor, formado por conselheiros do PTI, Prefeitura Municipal, Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (ACIFI), Associação dos Moradores da Vila A, Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e sociedade civil organizada. O grupo tem autoridade de fiscalizar e regulamentar as tecnologias que estão sendo testadas no Vila A Inteligente.
“O Comitê Gestor é parte imprescindível desta grande iniciativa que é o bairro público inteligente de Foz do Iguaçu, inédito no Brasil. Entre as funções do Comitê, destaco a seleção das tecnologias a serem implantadas, o monitoramento e avaliação das ações realizadas e até a proposição de alterações na legislação municipal dentro do conceito de Cidades Inteligentes. É com muito orgulho que fazemos parte deste comitê e nos esforçamos para integrar conhecimentos e tecnologias em prol da sociedade, que é o propósito do PTI”, explica o Diretor Técnico do Parque, Rafael Deitos.
A possibilidade de atrair novos negócios de base tecnológica para Foz também vem ganhando apoio do empresariado local. “Buscamos especialistas em segmentos diferentes para que nos esclareçam alguns pontos, pois o modelo de Cidade Inteligente ainda é inédito no Brasil”, comenta o presidente da ACIFI, Faisal Mahmoud Ismail.
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