Marca foi atingida mais de cinco meses depois do primeiro internamento.
O Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), mantido pela Itaipu Binacional, superou o número de 100 altas da covid-19, nesta sexta-feira (11) – mais de cinco meses depois do primeiro internamento. Além de pacientes de Foz do Iguaçu, o HMCC recebeu pacientes de outras cidades da 9ª Regional de Saúde do Paraná, de outros Estados e também do Paraguai.
A UTI da ala respiratória (covid-19) conta hoje com 25 leitos, além de dois de terapia semi-intensiva e 20 leitos na Unidade de Transição. Segundo o coordenador médico German Pignolo, o trabalho multidisciplinar entre as equipes da ala covid-19 é responsável por este bom número de altas. “Ficamos felizes com os resultados da equipe, que só obtivemos graças aos esforços dos profissionais e também da diretoria do HMCC e da nossa mantenedora, a Itaipu”, afirmou.
Os pacientes internados passam, em média, de sete a 21 dias na UTI. “Nos últimos 15 dias temos verificado um aumento considerável no número de pacientes internados, é como se estivéssemos enfrentando uma segunda onda”, lembrou Pignolo, comparando ao período dos meses de julho e agosto, quando os índices da covid-19 na região estavam em alta.
Para o coronel Jorge Aureo, assistente do diretor-geral brasileiro de Itaipu e coordenador do Grupo de Trabalho Estratégico da Covid de Itaipu, “esses dados traduzem em números os esforços da gestão do general Joaquim Silva e Luna no combate à doença, com investimentos vultuosos para cuidar da nossa gente. Um trabalho em consonância com as diretrizes do governo Bolsonaro.”
Plasma hiperimune
Um dos pacientes a deixar o HMCC nesta sexta-feira, recuperado da covid-19, foi Pedro Matias de Araújo. Ele foi o primeiro internado em Foz do Iguaçu e região a receber o plasma hiperimune, que auxilia na recuperação da doença. Pedro ficou 17 dias na UTI e seu estado de saúde era considerado grave.
“Fizemos a indicação do plasma e o paciente evoluiu favoravelmente, sem precisar ser entubado”, comentou German. “Ele teve uma boa evolução clínica e, junto com a equipe de fisioterapia, enfermagem e técnicos, conseguimos dar alta”, contou.
Na saída, Pedro foi recebido com festa. “Aqui está representada a família e os amigos, que preparam uma surpresa. Eu não tinha condições, só pensava na alta dele, e é com muito carinho que todos o recebem”, disse a esposa, Ana Cristina. “Nós passamos por muita coisa e hoje é um momento de vitória, de agradecimento”, contou.
Ao se despedir da equipe médica, Pedro agradeceu pelo cuidado recebido. “Muito obrigado a todos. A luta continua, mas já podemos agradecer”, disse ele, emocionado.
Pacientes
Pela UTI Covid-19 do HMCC já estiveram internados pacientes desde recém-nascidos a uma senhora, de 94 anos. Os casos, na maioria, eram considerados graves e necessitaram de assistência respiratória mecânica. Entre as comorbidades preexistentes nestes pacientes estavam diabetes, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, tabagismo e infarto, entre outras. A unidade atendeu também duas pessoas que haviam passado por transplante renal.
“Atendemos aqui pacientes complexos, então foi preciso um bom trabalho em equipe, recursos e equipamentos para que todos pudessem ser atendidos”, finalizou German.
A Itaipu e o HMCC
A Itaipu Binacional realocou recursos na ordem de R$ 24 milhões contra a covid-19. Desse total, R$ 15 milhões foram destinados à criação da ala exclusiva para tratamento de pacientes graves da doença no HMCC.
Parte dessa verba também foi direcionada para a compra de insumos e medicamentos das regionais de saúde nos municípios localizados na área de abrangência da usina, no Oeste do Paarná. A empresa ainda reservou R$ 5,5 milhões a entidades assistenciais da região, que atuam diretamente no auxílio à população mais carente.
Para o diretor superintendente do HMCC, Fernando Cossa, graças à verba destinada pela Itaipu o Costa Cavalcanti teve condições de estruturar uma ala com os melhores equipamentos disponíveis.
“Sempre atentos às mais recentes novidades, fomos sempre conseguindo os melhores insumos e medicamentos para oferecer aos nossos pacientes”. Ele lembrou ainda da intensificação dos treinamentos para mil profissionais. “Com isso conseguimos proporcionar um estrutura diferenciada para fazer um belo trabalho”, finalizou.
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