Recurso é imprescindível para garantir o funcionamento da entidade, a única que presta serviço gratuito a essa população em Foz do Iguaçu.
Há vários anos, o Lar dos Velhinhos de Foz do Iguaçu enfrenta sérios problemas financeiros, com risco iminente de insolvência. Situação que neste fim de ano deverá ser resolvida graças a um convênio firmado entre a margem brasileira de Itaipu e a Associação de Amparo aos Idosos de Foz do Iguaçu.
O aporte no valor de R$ 3,2 milhões será usado no projeto Longevidade com Dignidade: Cuidar, Proteger e Promover. Só para se manter, a entidade, que atende cerca de 60 idosos e emprega outras 60 pessoas, tem um custo aproximado de R$ 120 mil por mês.
Única instituição que presta atendimento gratuito a este público em Foz do Iguaçu, o Lar dos Velhinhos vem sobrevivendo ao longo dos anos exclusivamente do apoio da Prefeitura, algo em torno de R$ 60 mil e doações da comunidade (instituições e pessoas físicas), que giram em torno de outros R$ 30 mil mensais. Ou seja: o dinheiro não é suficiente para cobrir todos os custos do local.
Foi exatamente esse déficit mensal que levou ao acúmulo de dívidas da entidade, que corria o risco de fechar as portas se nada fosse feito de forma estruturante. O recurso de Itaipu vem em boa hora, num momento extremamente crítico agravado pela pandemia da covid-19, já que esse público é um dos mais vulneráveis à doença.
“A Itaipu possui uma ação institucional de valorização da pessoa idosa e este apoio está alinhado ao planejamento estratégico da empresa”, explica o coronel Aureo Ferreira, assessor especial do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
O convênio visa a complementar o subsídio repassado pela prefeitura para garantir o funcionamento da instituição e dar sustentabilidade à manutenção do Lar dos Velhinhos, por um período de três anos. O aporte ajudará, mas ainda será necessária a contribuição da sociedade para que o local não feche.
“Poucas empresas têm investido tantos recursos, seja por auxílio eventual ou convênio, para ajudar os mais vulneráveis, atendendo a uma premissa básica de valorização da nossa gente, conforme diretriz do governo do presidente Jair Bolsonaro”, diz Silva e Luna. Em causas humanitárias, foram empregados mais de R$ 30 milhões nesta gestão.
Segundo o diretor, esse convênio se traduz como uma demonstração de gratidão a uma população que tanto contribuiu para a história da cidade. “Significa dar as mãos no momento mais urgente, porque amanhã já pode ser tarde demais.”
O presidente da Associação de Amparo aos Idosos de Foz do Iguaçu, Maicon Schneider, explica que os recursos advindos do convênio com a Itaipu serão investidos em uma estrutura moderna, contando com profissionais qualificados, que ajudarão a melhorar a qualidade do serviço prestado e, consequentemente, a qualidade de vida dos próprios idosos acolhidos.
Entre outros, ele elenca a aquisição de compras de serviços e equipamentos, como a instalação de um consultório odontológico, a criação de estrutura de energia solar, a adequação e modernização dos aposentos e a formação de uma equipe qualificada. Segundo Maicon, eles terão um impacto bastante positivo para a comunidade local, contribuindo para que o Lar dos Velhinhos de Foz do Iguaçu se torne uma instituição modelo no atendimento aos idosos.
“Em nome da Associação de Amparo aos Idosos, dos seus associados, voluntários, colaboradores e beneficiários, agradecemos a todos os esforços coletivos mobilizados em prol deste acontecimento de importância histórica na comunidade iguaçuense”, diz Maicon.
Auxílio eventual
Em maio deste ano, o Lar dos Velhinhos foi uma das entidades beneficiadas pelo Fundo de Auxílio Eventual da Itaipu, com o repasse de R$ 174 mil para a aquisição de materiais de limpeza, alimentação, higiene e segurança para a manutenção do atendimento durante a pandemia do novo coronavírus.
O auxílio eventual da margem brasileira de Itaipu foi ampliado em 2020 para R$ 5,5 milhões, permitindo o atendimento a diversas entidades assistenciais, sem fins lucrativos, que sofreram impacto econômico causado pela pandemia de covid-19. O valor é mais de três vezes superior ao previsto antes da crise sanitária. Os recursos já beneficiaram quase 30 mil pessoas, direta ou indiretamente, em municípios do Oeste do Paraná.
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