Oeste do PR
Vice assume cargo de prefeito assassinado em Itaipulândia
Inquérito policial que investiga o assassinato do prefeito já tem 150 páginas. Ao todo, 20 pessoas da cidade foram ouvidas
Depois de três dias de luto oficial em Itaipulândia, no Oeste do estado, os funcionários da prefeitura retomaram as atividades na segunda-feira (14). Foi o primeiro dia de trabalho do novo prefeito, Laudair Bruch, que assume o cargo de Vendelino Royer, assassinado na última terça-feira (8).
“Quero fazer o mínimo de mudança possível para não criar expectativas, e conduzir da melhor maneira possível este município até o final do ano”, disse Bruch ao telejornal Bom Dia Paraná. O novo prefeito foi eleito como vice na chapa de Royer. "Sei que estes primeiros dias são de apreensão, mas pretendo passar tranqüilidade para a população".
Investigações
O inquérito policial que investiga o assassinato do prefeito já tem 150 páginas. Ao todo, 20 pessoas da cidade já foram ouvidas, mas, apesar dos depoimentos, nenhuma das três linhas de investigação foi descartada até agora. A polícia acredita que o crime pode ter sido encomendado por algum desafeto pessoal, ter motivação política, ou ainda pode ter sido cometido por alguém ligado ao contrabando na região, já que neste ano Vendelino Royer mandou bloquear alguns acessos clandestinos próximos ao Lago de Itaipu.
O delegado Alexandre Macorin, de Foz do Iguaçu, que participa das investigações do caso, lembrou que os assassinos usavam moto com placas paraguaias. Nenhum suspeito foi preso ainda. "Como os criminosos usavam capacetes, fica difícil fazer a identificação", explicou o delegado ao Bom Dia Paraná.
Um dia antes do assassinato, o prefeito enfrentou denúncias de irregularidades. Um vídeo, apresentado por vereadores, durante sessão da Câmara Municipal, mostraria o secretário recebendo propina do dono de uma agência de publicidade, que tem contratos com a prefeitura.
O crime foi presenciado por moradores que saíam de uma reunião com o prefeito. O homem que estava ao lado do prefeito falou ao Bom Dia Paraná, sem se identificar. “Eu só fechei o olho, me abaixei, tranquei o ouvido. Foi questão de segundos. Quando eu abri o olho, o coitado estava caído no chão. Aí eu saí desesperado pedindo socorro”, contou.
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