Os vereadores de Mauá da Serra, no norte do Paraná, querem que um padre que pediu a redução de salários deles, durante uma missa, deixe a cidade. Incomodados, eles foram se queixar ao bispo, com quem marcaram uma audiência para a próxima semana.
“Como líder, sacerdote e pároco, eu tenho que estar junto do povo lutando para o bem comum”, comenta o pároco. Ele diz defender salários abaixo de R$ 1 mil, como ocorreu em Santo Antônio da Platina, na mesma região do estado.
“Eu falei: ‘Olha, uma notícia boa que temos aqui: em Santo Antônio da Platina, os vereadores aderiram para R$ 970, abaixo de R$ 1 mil'”, relembra o religioso.
Atualmente, os nove parlamentares do município ganham R$ 3.015 para participar de quatro sessões por mês – R$ 753 por sessão, em média. O vereador Márcio Dias de Oliveira (PSDB) afirma que é um valor justo. Ele admite que usa parte do dinheiro que recebe para “ajudar” quem votou nele.
“Os mais carentes sempre procuram vereador, para fazer a parte de assistencialismo”, admitiu. Sobre o que o pedido do padre, porém, Oliveira reclama. “O posicionamento dele sobre a política, eu aceito. Mas não na missa”. Os outros vereadores não foram encontrados para comentar o caso.
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