Gustavo Ribeiro
Gazeta do Povo
O Atlético não tem mais empecilho para receber R$ 131,2 milhões do BNDES, via Fomento Paraná, para as obras da Arena para a Copa de 2014. Por 24 votos a 7, a nova redação da Lei 13.620/2010 foi aprovada ontem na Câmara Municipal. O texto, enviado pelo prefeito Luciano Ducci, alterava de R$ 90 milhões para R$ 123,6 milhões o montante recebido pelo clube em título de potencial construtivo.
A aprovação dessa ampliação de recursos era uma condição para que o Furacão estivesse apto a receber o empréstimo.
A verba, entretanto, deve chegar aos cofres da CAP S/A – empresa criada para gerir as obras – somente no início do ano que vem. Além da parcela do poder público (estado e município) na reforma da Arena, de R$ 123,6 milhões, o clube arca com um financiamento extra de R$ 7,6 milhões, totalizando os R$ 131,2 milhões.
Junto com o texto do Executivo, quatro emendas foram aprovadas. Duas delas tratam das contrapartidas do Furacão. Uma é genérica e deixa a cargo do poder municipal detalhar o que o clube deve realizar. Já a emenda apresentada pela vereadora Maria Goretti (PSDB) exige que as empresas beneficiadas com a concessão do potencial construtivo revertam 2% do total (R$ 2,5 milhões) para ações sociais da prefeitura ou de entidades associadas.
A partir de agora, a prefeitura vai precisar enviar relatórios trimestrais à Câmara com informações atualizadas sobre cronograma das obras e liberação de potencial construtivo. Ao lado dessa emenda, outra obriga o poder executivo a divulgar essas informações na internet, pelo site da prefeitura.
“Foi uma grande oportunidade que tivemos para aperfeiçoar a lei. O texto anterior dava brechas e estamos preenchendo esses espaços, valorizando a importância da transparência e a contrapartida das empresas beneficiadas, revertendo isso para a sociedade”, comentou Goretti.
Toda a discussão e votação foi acompanhada por cerca de 40 conselheiros e torcedores do Atlético – sem contar os diversos integrantes da organizada Os Fanáticos do lado de fora. A polícia militar chegou a ser acionada para averiguar uma ameaça de bomba. Nada foi encontrado.
No início da sessão, cada vereador era abordado por conselheiros, pedindo posicionamento favorável ao aumento do potencial construtivo. Cada manifestação contrária levava a vaias e até xingamentos.
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