O vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) divulgou por meio de nota em suas redes sociais que sofreu ameaças. Segundo ele, homens armados rondaram a região onde ele mora, na segunda-feira (11), perguntando aos vizinhos onde seria a sua casa. Os vizinhos, que preferiram não se identificar, relataram que os homens tiraram fotos da casa do vereador. Em seguida, entraram em um furgão e saíram sem se identificar. O vereador registrou Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil, onde Renato e sua equipe jurídica apresentaram notícia crime e pedido de investigação.
O PT denunciou em nota as ameaças contra o vereador de Curitiba: “Uma opressão que se insere no quadro de violência que os grupos periféricos, dentre esses negros e negras, sofrem todos os dias em nosso país. O PT vai à luta junto ao Estado, o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão de Direitos Humanos tanto na Câmara dos Deputados quanto na Assembleia Legislativa do Paraná, para que se investigue as ameaças sofridas pelo vereador Renato Freitas. O crime de ódio cada vez mais evidente em nossa sociedade não pode ficar impune. É nosso dever combatê-lo diariamente, e assim será feito”. A nota é assinada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, os deputados federais Ênio Verri e Zeca Dirceu, os deputados estaduais Arilson Chiorato, Luciana Rafagnin, Professor Lemos e Tadeu Veneri, o presidente do PT Curitiba, Angelo Vanhoni, e as vereadoras Carol Dartora e Professora Josete.
Renato Freitas, que também é advogado, tornou-se notícia nacional por dois casos de agressão da Guarda Municipal de Curitiba. Em 2016, enquanto candidato a vereador pelo PSOL, Renato foi preso, espancado e colocado nu em uma cela da carceragem do 3° Distrito Policial de Curitiba. Em 2018, era candidato a deputado estadual pelo PT e foi alvejado duas vezes à queima-roupa por agentes da Guarda Municipal com balas de borracha. A equipe jurídica do vereador também tem um histórico de abordagens policiais desde 2015, que será anexado ao processo.
A ameaça contra a vida do vereador não é um caso isolado. A também vereadora do PT em Curitiba, Carol Dartora, recentemente sofreu ameaças de morte pelas redes sociais, além de mensagens racistas. O caso ainda é investigado pela polícia civil.
Por: Bem Paraná
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