Paulo Bebber (PR) pediu licença por 30 dias da Câmara de Vereadores de Cascavel. Ele é suspeito de cobrar propina para aprovar um projeto que aumenta o perímetro urbano da cidade e permite a construção de um conjunto de casas populares. Bebber alegou ‘motivos particulares’ ao se afastar do legislativo. Na terça-feira, 18, a Polícia Civil pediu a sua prisão preventiva. “Existem provas robustas de que o vereador estava realmente cobrando propina”, disse o delegado Edgar Santana. O caso corre em segredo de justiça, mas até as 18h45 desta quinta-feira, Paulo Bebber estava em liberdade. As informações são do G1PR.
O projeto apresentado na Câmara de Cascavel no dia 7 de fevereiro propõe o aumento da área considerada de perímetro urbano. A mudança permite a construção de mais de duas mil casas, projeto de R$ 140 milhões, em região onde atualmente as obras não são liberadas. Segundo a denúncia, a propina seria paga por interessados na aprovação do projeto para poderem investir em um novo residencial na região norte da cidade.
A RPC TV teve acesso à gravação de uma conversa entre Bebber e um corretor de imóveis. No diálogo, o vereador diz que R$ 500 mil garantiriam a aprovação do projeto. “Foi pedido 500 ‘pau’ para acertar com todo mundo. Então, se não acertar esses valores no cash (dinheiro vivo), o projeto não vai ser aprovado”, disse Paulo Bebber na gravação. Celso Dalmolin (PR) deve assumir a vaga durante o afastamento. Se for instaurado o processo de cassação, Celso Dalmolin não poderá votar. Nesse período de 30 dias, Paulo Bebber não receberá salário.
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