Levantamento da Acil e Faciap mostra que cidade registrou o segundo melhor resultado no Estado ficando atrás de Cascavel (13,4%)
O comércio de Londrina registrou um crescimento de 13,1% nas vendas do Dia dos Namorados. O índice ficou acima da média do estado, de 9,1%. De acordo com a pesquisa realizada pelo Grupo DataCenso em parceria com a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) e a Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), somente Cascavel (13,4%) ficou à frente de Londrina, cujo crescimento foi superior a Guarapuava (10,5%), Curitiba (9,2%), Ponta Grossa (6,4%), Maringá (6,1%) e Francisco Beltrão (5,6%). Em todo o País, segundo a Serasa Experian, as vendas cresceram apenas 5,5%.
Segundo os dados de Londrina, 14% dos entrevistados responderam que as vendas foram inferiores a 2021, 43% disseram que foi igual e 43% consideram superiores. Dessa forma, o Dia dos Namorados vem se consolidando como a terceira data mais importante para o comércio, perdendo apenas para o Natal e o Dia das Mães. As informações são de Folha de Londrina
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“O resultado da pesquisa mostra que o otimismo do comerciante londrinense com o Dia dos Namorados estava bem fundamentado. Além do aumento das vendas no varejo, ainda houve bastante movimentação em bares e restaurantes, ajudando a movimentar o comércio como um todo. Isso mostra também que as pessoas estão indo mais às compras e saindo mais de casa. A Acil realizou mais uma vez a Feira na Praça, levando atrações e opções de produtos locais ao Calçadão, com música e atividades para crianças, e vem conseguindo uma ótima receptividade dos lojistas da região”, destaca Angelo Pamplona, diretor Comercial da Acil.
A pesquisa ouviu 502 comerciantes nas principais cidades do Paraná entre os dias 13 e 14 de junho. A margem de erro é de 4%. Em Londrina, foram entrevistadas principalmente pequenas e microempresas.
Frustrante
Para o presidente do Sindiabrabar (Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba), Fábio Bento Aguayo, o movimento do Dia dos Namorados para os empresários do segmento foi frustante. “Estávamos com expectativa de um movimento de 60% maior, mas infelizmente em função da conjuntura e de todo esse contexto que estamos vivendo de inflação e, crise a reclamação dos empresários é de que não deu tudo isso. Deu em torno de uns 20% do normal, que também já é frustrante. A gente esperava que dobrasse esse número”, afirma.
Aguayo também pontua que muitos empresários estão em dificuldades com a queda no movimento. “De toda forma, temos de continuar investindo em datas especiais até porque são elas que fazem a diferença no orçamento nosso quando a gente faz alguma promoção e uma atração diferente. Os empresários, é lógico, ficaram frustrados. Esses últimos dias de junho têm sido difíceis. A gente tem visto os empresários se manifestando de movimento fraco e estamos percebendo isso. Esse mês vai ser difícil para muita gente fechar o orçamento”, conta o presidente do Sindiabrabar.
No Brasil
Dados da Serasa Experian mostram que o Dia dos Namorados em 2022 movimentou menos o comércio físico no Brasil. Na semana da data comemorativa (6 a 12 de junho), o crescimento foi de 4,0%, 9,7 pontos percentuais a menos que a alta registrada em 2021, de 13,7%. As informações também indicam que o desempenho do segmento ficou atrás do Dia das Mães, quando foi alcançada a marca de 6,9%. Considerando apenas a atividade do comércio na cidade de São Paulo, a expansão foi de 3,4% na semana do Dia dos Namorados, 7,9 pontos percentuais a menos que o crescimento do mesmo período em 2021.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, após o registro do número recorde em 2021 (13,7%), a desaceleração observada em 2022 pode ser um reflexo do período de instabilidade econômica vivido desde o início da pandemia, em 2020, quando o indicador marcou queda histórica de 27,8%. “A retração de 2020 e o crescimento recorde do ano passado, podem mostrar que, apesar do número positivo, há uma estagnação no setor do comércio em 2022. Além disso, a mudança da prioridade de consumo dos casais brasileiros e a marca de 11 milhões de desempregados, segundo o IBGE, também são fatores capazes de justificar o aumento moderado”.
A análise que considera apenas o final de semana do Dia dos Namorados (04 a 06/06/21 x 10 a 12/06/22) revelou que, no cenário nacional, houve alta de 5,5%. O recorte sobre as vendas do comércio físico na cidade de São Paulo teve aumento de 4,9%.
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