Em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Cidade 670, de Curitiba, na manhã desta sexta-feira (8), o deputado estadual Soldado Fruet (Pros) defendeu sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga o Estado a pedir autorização da Assembleia Legislativa para venda de subsidiárias da Copel. “A Copel investiu muito para a fibra ótica chegar nas 399 cidades do Paraná. Minha preocupação não é só com a Telecom, mas a venda dessa empresa da forma como o governo quer abre o caminho para a privatização de todas as suas subsidiárias”, alertou.
“Como o STF deu a possibilidade de vender subsidiárias sem aval do parlamento caso não exista uma lei específica, apresentei a PEC para proteger a Copel, para que haja transparência, discussão e avaliação dos deputados em caso de venda de subsidiárias”, explicou.
Dentro da atribuição de fiscalizar o Executivo estadual, o Soldado Fruet relatou que desde o início do mandato está atento às movimentações internas da Copel. Segundo o deputado do PROS, causou estranheza a queda no valor de mercado da Copel Telecom. “A empresa chegou a valer entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões, no final do ano passado valia R$ 1,2 bilhão, hoje R$ 800 milhões e daqui um tempo não vai valer R$ 500 milhões”, apontou.
Outro fato que chamou atenção do Soldado Fruet é que o Governo do Estado e outros órgãos e empresas públicas proíbem que diretores e comissionados sejam sócios de empresas privadas. “O presidente da Copel Telecom é sócio de um ex-diretor da Copel em uma empresa que tem entre seus objetivos assessorar empresas nacionais e estrangeiras. Pode haver conflito de interesses, é isso que a gente está de olho”, destacou, referindo-se ao pedido de afastamento de Wendell Alexandre Paes de Andrade de Oliveira do cargo, feito pelo parlamentar na última segunda-feira (4), em discurso na tribuna.
CPI DA JMK – O Soldado Fruet também foi questionado sobre a CPI da JMK, que apura as irregularidades no contrato de gestão da frota do Estado, da qual é presidente. Ele destacou que a fiscalização do Governo era muito precária, pois apesar de mais de 400 protocolos de irregularidades, os problemas não eram sanados. “Constatamos muita improbidade administrativa. Em breve será entregue o relatório e apresentaremos ao Ministério Público toda a documentação coletada pela CPI, são mais de 30 mil páginas”, revelou.
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