Veja esta caro leitor. Em três cidades do Brasil os usuários do transporte coletivo tem tarifa zero, ou seja, não pagam nada para se deslocar de um ponto ao outro. É o transporte público de fato. Em Curitiba, o prefeito Gustavo Fruet (PDT) insiste em não anular o aumento concedido em março, que elevou de R$ 2,60 para R$ 2,85 a passagem em dias normais e de R$ 1,00 para R$ 1,50 a domingueira.
De acordo com reportagem de Gabriela Vieira, de O Estado de S.Paulo, em Porto Real (RJ), Agudos (SP) e na pequena Ivaiporã, no Paraná, a tarifa é zero para o transporte público. Aliás, esta é uma das bandeiras levantadas pelos manifestantes que protestam contra o aumento da passagem em todo o país.
Somadas, as populações das três cidades não ultrapassam 100 mil habitantes, enquanto a capital paulista possui mais de 11,2 milhões de moradores, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da diferença de tamanho, alguns especialistas nas áreas de mobilidade urbana e administração pública acreditam ser possível a aplicação da tarifa zero na capital.
“A tarifa zero independe do tamanho da cidade. Ela é possível, mas depende do planejamento financeiro de cada município.
Em uma cidade do tamanho de São Paulo, o planejamento técnico precisa ser muito maior, além de envolver também os governos estadual e federal”, explica Lúcio Gregori, que foi secretário de Transportes durante a gestão de Luiza Erundina (PT), em 1990. Ele foi responsável pelo projeto da tarifa zero para a cidade, que acabou não sendo votado pela Câmara Municipal na época.
Pelo mundo. Gregori afirma que a gratuidade do transporte coletivo já é uma realidade – e bem-sucedida – em cidades de médio porte em outros países. “Nos Estados Unidos, há 32 cidades com média de 400 mil a 500 mil habitantes que adotam a tarifa zero.”
Especialistas em mobilidade urbana e administração pública da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) destacam a experiência em diversas cidades de médio porte da Europa, entre elas a capital da Estônia, Talinn.
Sidney, na Austrália, também oferece linhas de ônibus gratuitas. No Brasil, a cidade de Paulínia, que fica a 118 km de São Paulo e tem mais de 82 mil habitantes, teve tarifa zero até 1990.
Prós e contras. Quem defende a ideia argumenta que o transporte coletivo gratuito traz ganhos econômicos para a cidade. “Em primeiro lugar, todas as atividades econômicas só são viáveis a partir do momento em que a população consegue acessar seu local de trabalho”, diz Gregori.
Já o professor Diogenes Costa, especialista em mobilidade urbana da Unicamp, acredita que o tamanho continental do Brasil e a complexidade das vias urbanas impedem a aplicação da tarifa zero em cidades maiores.
A má qualidade do transporte público já oferecido somada a um aumento significativo da demanda que a ausência de cobrança geraria provocam questionamentos sobre a viabilidade.
Na minha modesta opinião sobre a tarifa zero e outos serviços que deveriam ser de qualidade , é a má gestão do dinheiro publico! pelo que se arrecada de imposto tem sim condição de oferecer tranporte gratuito e outros serviços com qualidade! é a ganância de empresários e politicos corruptos que devemos combater , com leis mais severas , que por sinal vai ser difícil pois depende deles executarem contra eles mesmos.