O Vaticano esclareceu na tarde desta terça-feira (16) que o advogado argentino Juan Grabois, não representava o Papa Francisco ao ser impedido de visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, na tarde desta segunda-feira (15), na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. As informações são de Davi Soares no Diário no Poder.
A posição do Vaticano expôs a fakenews divulgada pelo site do presidente Lula, com o título: “Papa Francisco envia rosário a Lula”. Porque, segundo o esclarecimento publicado na agência oficial de notícias do Vaticano, advogado argentino Juan Gabrois “não teve permissão para se encontrar com Lula”.
A nota publicada no site da agência Vatican News também afirma que Grabois disse que a visita ao ex-presidente condenado por corrupção era pessoal e não em nome do Santo Padre. E destaca que o terço levado por Grabois ao petista não foi enviado pelo Santo Padre, apenas “abençoado” pelo Papa, como tantos levados a prisioneiros do mundo, sem entrar no mérito de realidades particulares.
A notícia falsa da assessoria de Lula sobre o envio do rosário espalhada nas redes sociais já teve o título modificado para “Lula recebe Rosário abençoado pelo Papa Francisco”.
Grabois chegou a criticar a suposta alegação de um funcionário da Superintendência da PF de Curitiba, de que a visita não seria permitida porque teria caráter religioso.
Veja a nota do Vaticano:
Esclarecimento sobre a notícia da entrega de Terço do Papa ao ex-presidente Lula.
O advogado argentino Juan Gabrois, fundador do Movimento dos trabalhadores excluídos e consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, deu uma entrevista em sua tentativa de visitar o ex-presidente Lula na prisão de Curitiba, onde está detido há mais de dois anos meses [sic]. Grabois disse que a visita era pessoal e não em nome do Santo Padre. Ele não teve a permissão para se encontrar com Lula.
Na entrevista, ele nunca declarou que foi o Papa a enviar o Terço, mas simplesmente que se tratava de um Terço que tinha sido “abençoado” pelo Papa. Terços como esse são levados, como o Santo Padre deseja, a tantos prisioneiros do mundo sem entrar no mérito de realidades particulares.
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