Dois tradicionais levantamentos de avaliação da qualidade do ensino superior foram celebrados com euforia pela Universidade do Oeste do Paraná em seu site ao longo deste ano. As informações são do Alerta Paraná.
O primeiro é o QS Latin America Rankings 2019, publicado ainda em junho pela revista inglesa THE (Times Higher Education) e no qual a instituição com campus em Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão aparece na posição “entre 151 e 160″em um universo de 400 universidades latino-americanas, bem atrás das coirmãs UEM (99º), UEL (102º) e UEPG (133º).
O segundo é o RUF (Ranking Universitário Folha), que avaliou todas as 196 universidades ativas do País e saiu em outubro passado. Nesse, três universidades estaduais paranaenses foram classificadas entre as 50 melhores do País: UEL em 24º, UEM em 25º e UEPG em 46º. Já a Unioeste ficou em 62º lugar, mesma classificação do ano passado.
Se questionada sobre o fato de em ambos os rankings a Unioeste ter aparecido como quarta colocada entre as sete universidades estaduais mantidas pelo Governo do Paraná, provavelmente a atual reitoria, que cumpre os dias derradeiros de oito anos de mandato, vai apontar entre as razões a falta de investimentos mais generosos. Investimento, afinal, é imprescindível para qualificar o corpo docente.
Mas esse argumento cai literalmente por terra diante dos números levantados pela pesquisa contratada pela Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) e realizada pelo Hoper Educação, uma empresa de consultoria especializada na área e com um histórico de serviços prestados a 1.400 instituições de ensino superior do Brasil e do exterior ao longo dos últimos 20 anos,
Na página 77 de um total de 92, o levantamento mostra que a Unioeste é a que melhor remunera os docentes entre as sete universidades estaduais paranaenses. Seus professores tinham ainda em 2017, ano base da pesquisa, um salário médio de R$ 17.223,38, cerca de R$ 4 mil a mais que a média de todas as sete universidades estaduais (R$ 13.168,97), R$ 2 mil a mais que a média dos professores da UEL (R$ 15.308,51) e o dobro da média dos professores da UENP (R$ 7.540,38) e da Unespar (R$ 8.704,88). Já a UEM pagava há dois anos a seus professores um salário médio de R$ 14.077,08, a UEPG de R$ 13.200,04 e a Unicentro de R$ 10.662,18.
Deixe um comentário