Notícia da Folha de S. Paulo. DCEs de universidades pelo Brasil acusam a UNE de apoiar o limite de 40% de meias-entradas sobre o total de vendas de ingressos em eventos culturais e esportivos em troca de monopólio na emissão das carteirinhas. A presidente da UNE, Virgínia Barros, nega o monopólio. “Nunca defendemos isso. Outras entidades poderão emitir as carteirinhas”, diz.
As mudanças à meia-entrada fazem parte do Estatuto da Juventude, sancionado pela presidente Dilma (PT). A UNE é aliada do PCdoB; Virgínia Barros é filiada ao partido, da base aliada do PT. “A UNE está trocando nossos direitos pelo monopólio. Ela quer virar uma fábrica de carteirinhas”, diz Matheus Gomes, 21, coordenador-geral do DCE da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A nova lei estabelece a obrigatoriedade da apresentação de uma carteirinha padronizada para a obtenção da meia-entrada e dá “preferência” à sua emissão por parte de UNE, Ubes e Associação Nacional de Pós-Graduandos e outras entidades filiadas a essas, como os DCEs. Para Gomes, o problema está em ter de se vincular à UNE, e, portanto, reconhecê-la como representativa.