Por Paulo Moreira Leite, na revista Época:
Ao decidir expulsar a estudante da mini-saia cor de rosa com a acusação de “desrespeito à dignidade acadêmica e a moralidade”, a Uniban dá uma demonstração da baixa qualidade pedagógica. A decisão é uma aula de truculência. Como ocorre nos enredos mais deprimentes, a vítima se transforma em culpada.
Em 22 de outubro, no campus da Uniban em São Bernardo do Campo, Geisy Villa Nova Arruda, 20 anos, foi hostilizada por uma horda de 700 colegas em função de um ultra-mini-vestido cor de rosa. Testemunhas descrevem cenas que lembram uma tentativa de linchamento moral. Diante disso, o que se poderia fazer?
A única reação aceitável, destinada a corrigir a deformação óbvia de estudantes que não conhecem direitos individuais e assumiram um comportamento próximo do fascismo teria sido pedir desculpas formais à estudante, exposta na universidade a uma situação de hostilidade e risco. (Leia mais)
Os alunos são o espelho dos diretores. Se eu fosse expulsa pelos motivos que ela, entraria com uma ação milionária. Tem que tirar até o último centavo destes reacionários disfarçados de diretores de faculdade.