Artigo de Gilmar Piolla:
“É sabido de todos que o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu está aquém das nossas necessidades. O movimento de embarques e desembarques cresce mais do que o dobro da média nacional. Em quatro anos de gestão integrada do turismo, multiplicamos por quatro o número de voos diários.
Do jeito que está e se assim permanecer, o aeroporto se tornará um dos principais entraves ao desenvolvimento sustentável do Destino Iguaçu. Por isso, o Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu, o Fundo Iguaçu, protocolou junto à Infraero uma proposta ousada, de futuro, prevendo a transformação do nosso aeroporto num hub do Mercosul e Países Andinos.
A proposta, que caminha para ter o aval da Infraero, foi discutida dias atrás com o coordenador executivo do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Ministério do Planejamento, Maurício Muniz, e toda a sua equipe.
A audiência foi solicitada pela senadora Gleisi Hoffmann, que apoia o projeto e acompanhou a apresentação. Os deputados federais Zeca Dirceu (PT) e Fernando Giacobo (PR) e o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi também estiveram presentes, além de diversas lideranças do trade turístico.
Pela proposta apresentada, o Fundo Iguaçu, com apoio da Itaipu e das entidades representativas do nosso trade turístico, se propõe a custear a contratação de empresa especializada para a revisão do atual Plano Diretor do aeroporto.
E mais: assumiu a responsabilidade pela contratação dos projetos básicos e executivos para a reforma e ampliação do aeroporto, o que inclui uma nova pista de pouso e decolagem, de 2.700 metros, em substituição à atual, que será convertida em taxiway; ampliação da área de pátio, que dobrará sua capacidade de estacionamento de aeronaves; dois hangares; um novo terminal de cargas; novo acesso viário e estacionamento de automóveis; e a revitalização do terminal de passageiros, que terá as salas de embarque e desembarque ampliadas, com novo desenho interno, climatização e instalação de cinco fingers.
O Fundo Iguaçu se comprometeu a doar todos os projetos à Infraero, sem qualquer contrapartida financeira e direitos autorais sobre os mesmos e em conformidade com as diretrizes da própria Infraero, que acompanhará e dará o aceite final aos trabalhos. Outro compromisso assumido é a elaboração do Relatório de Impacto Ambiental, para agilização das obras.
O Fundo Iguaçu se propôs, ainda, com auxílio técnico da Itaipu, a preparar as especificações técnicas para o edital de licitação, a exemplo do que já fizemos para a Universidade Federal da Integração Latino-Americana – Unila.
E, por fim, nos dispusemos a buscar parceiros privados interessados em investir numa possível Parceria Público Privada (PPP) para realizar o empreendimento.
Entendemos que é o mínimo que se espera para o nosso aeroporto. Fomos apresentar a nossa proposta e dizer para os técnicos do governo que os investimentos previstos no PAC, na ordem de R$ 30 milhões, são insuficientes para dotar o nosso aeroporto das condições adequadas para receber cada vez mais e melhor os nossos visitantes.
O Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu exige investimentos de aproximadamente R$ 400 milhões, de acordo com a proposta defendida pelo Fundo Iguaçu.
Algumas autoridades, no caso, uma delas bem específica, não entenderam bem a nossa proposta e vêm criticando-a, na tentativa de impedir que ela avance. Consideram-na muito cara. Por falta de visão estratégica ou por inveja, por não terem sido os autores da iniciativa, não conseguem antever o futuro.
Foz do Iguaçu está localizada no centro geográfico do Mercosul. Estamos no meio de uma região que abriga, num raio inferior a 200 quilômetros, dos três lados da fronteira, perto de 2 milhões de habitantes. Nossa cidade reúne todas as condições de se transformar numa porta de entrada e saída do Brasil pela Costa Oeste, permitindo rápida ligação, por Lima ou Santiago, aos Estados Unidos, Caribe, China, Índia, Coreia do Sul, Austrália e Japão. A Argentina está investindo fortemente na captação de voos diretos de São Paulo e Rio de Janeiro para o Aeroporto Internacional de Puerto Iguazú. E está formando um grande polo hoteleiro em Puerto Iguazú, ameaçando a hegemonia de Foz do Iguaçu. Já o Paraguai investe na atração de voos cargueiros para o Aeroporto Internacional Guarani, em Minga Guazú.
A criação da Unila, com projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer e com previsão de atender 10 mil alunos brasileiros e latino-americanos, vai transformar Foz do Iguaçu num polo de conhecimento e de atividades acadêmicas. Por outro lado, a construção do Linhão de 500 kV, ligando Itaipu a Assunção, vai permitir a instalação de grandes empresas eletrointensivas, brasileiras e estrangeiras, promovendo desenvolvimento industrial da região do Alto Paraná até Assunção. Logo, também seremos beneficiados.
Foz do Iguaçu é a maior cidade de fronteira do Brasil. É também, segundo a Embratur, o segundo destino dos turistas estrangeiros que visitam o Brasil. Somos uma das cinco cidades brasileiras que mais recebem turismo de eventos nacionais e internacionais, de acordo com o ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções – ICCA.
Possuímos o sexto maior parque hoteleiro do Brasil. E figuramos em primeiro lugar dentre as cidades não capitais no Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, feito pelo Ministério do Turismo e pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Merecemos, portanto, um aeroporto à altura dos nossos atrativos e da importância que representamos, não só no cenário turístico nacional e internacional, mas para o desenvolvimento e a integração do Brasil com o Mercosul, a comunidade andina e toda a América Latina.
A hora é de união, de trabalharmos em parceria por Foz do Iguaçu.
* Gilmar Piolla é jornalista, superintendente de Comunicação Social da Itaipu Binacional e presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu – Fundo Iguaçu.
Nao sei por q
Nao sei por que tanta preocupacao. Pois nós estamos no ‘meio’de PACS, PECS e OBRAS+OBRAS+OBRAS, é só deixar por conta ‘DELES’. Orcamento deve existir, ou nao?. Perder para MINGA GUAZU, aí tem que pedir para esse pessoal todo parar de mentir, né?.
esse cara ta quErendo aparecer para ser candidato a prefeito de Foz, ele é cria do Samek e do Mac Donald.
é um paraqiedista de Curtiba.
e pior é um MALA.
Parabéns ao Piolla pela iniciativa. Continue assim, levando projetos para Brasília e de lá trazando dinheiro. Não se dixe levar por opiniões de profissionais queseqer atam na sua area de formação profissional. Estamos cansados de políticos que vão para as capitais, com dinheiro do povo, somente para “passar bons momentos”.
Parabéns ao Piolla pela iniciativa. Continue assim: levando projetos para Brasília e de lá trazendo dinheiro para investimentos. Nas suas ações, não se deixe levar por opiniões de profissionais ultrapassados que há anos não atuam na sua área de formação. Estamos cansados de políticos que somente viajam para as capitais para “passar bons momentos”, com o dinheiro do contribuinte.