As TVs estão em campanha nos bastidores contra projeto de lei que aumenta em 115% o tempo para propaganda partidária. O projeto, apresentado em 2007 pelo senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, está na fila para ser votado pelo plenário do Senado.
Segundo cálculos, o tempo ocupado pelos partidos em cada emissora de São Paulo subiria de 1.188 minutos, em 2008, para mais de 2.400 minutos por ano. Esse é o tempo ocupado apenas com os programas exibidos, simultaneamente por todas as redes, às quintas-feiras, às 20h30, e por inserções de 30 segundos. O projeto não altera a propaganda eleitoral gratuita, veiculada quando há eleições.
Nesta semana, começou a circular e-mail que alerta sobre a iminência de aprovação do projeto pelo Senado (ele tem de passar pela Câmara ainda). Diz o e-mail, apócrifo, que o aumento de tempo é "uma violência contra o direito de escolha do cidadão-telespectador". A carta pede envio de protestos a senadores e deputados.
A assessoria de Sérgio Guerra informa que o projeto é consenso entre partidos e que está sendo discutido com as TVs, para chegar a "um entendimento". O projeto, a rigor, restabelece aos partidos patamar de tempo que havia até 2006. Ele distribui o tempo conforme a representatividade. Grandes teriam dois programas de 20 minutos por ano e o dobro desse tempo em inserções.
da coluna Outro Canal, de Daniel Castro, da Folha de S. Paulo.
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