Por JOsias de Souza, na Folha Online:
O governador tucano de Minas, Antonio Anastasia, aderiu ao coro dos governadores que pregam a ressurreição da CPMF.
Recorda: à época em que o Senado acomodou uma lápide sobre o tributo, em 2007, o grosso dos governadores tinha opinião diversa:
"Quando a matéria foi discutida, três anos atrás, a maioria esmagadora dos governadores se posicionou publicamente a favor” da renovação da CPMF.
Segundo ele, os gestores estaduais tinham clareza quanto à “necessidade” de reforçar o financiamento da saúde.
Anastadia classifica a saúde como uma "política pública de demanda infinita". Por isso, acha natural e necessário que o tema seja "discutido".
Recordou-se a Anstasia que, criada sob FHC, a CPMF também destinava-se à saúde. Mas só no papel. Um pedaço da coleta irrigava outros cofres. E ele:
"Por isso mesmo se fala nesse aperfeiçoamento. É claro que sabemos, e isso foi muito claro durante a campanha eleitoral, não só em Minas, mas no Brasil como um todo, que há sempre a necessidade de termos um financiamento para a saúde".
Como se vê, a corda que puxa o caixão tem mais mãos do que os coveiros poderiam supor.
Uma vez reanimada, a CPMF vai ao balaio geral dos tributos como contribuição da saúde imaginária.
Fará companhia aos impostos que financiam, por exemplo, a segurança inexistente e a educação ilusória.
Com uma diferença: a CPMF, por insonegável, converte o “contribuinte” em carneiro tosquiado compulsoriamente.
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