São Paulo – SP 3/7/2020 – Pacientes hospitalizados, principalmente em UTI ficam restritos ao leito, o que causa desuso da musculatura, associado aos efeitos colaterais dos medicamentos
Fundamental aos pacientes acometidos pela covid-19, a fisioterapia respiratória deve iniciar tão logo o paciente esteja curado dos sintomas mais graves.
O vírus responsável pela covid-19 é apontado como uma variação da família Coronavírus. Os principais Coronavírus foram identificados em meados da década de 1960, de acordo com o Ministério da Saúde. A OMS – Organização Mundial da Saúde nomeou oficialmente a doença provocada pela variação originada na China SARS-CoV-2.
A OMS emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan. Em 11 de março de 2020, a covid-19 foi caracterizada pela organização como pandemia.
Segundo a fisioterapeuta Marcia Athayde, a transmissão do novo Coronavírus segue sendo investigada, mas já se sabe que o contagio ocorre entre humanos, pelo ar, por meio da tosse, espirros, gotículas de saliva, contato pessoal próximo, como aperto de mão, contato com a boca, nariz ou olhos. “Ainda são necessárias mais pesquisas para caracterizar melhor os sinais e sintomas desta doença, mas os principais sintomas são: febre, tosse, dificuldade de respirar, coriza, dor de garganta e cefaleia”.
O diagnóstico da doença é feito por meio de exames de biologia molecular que detecta o RNA viral confirmando a doença. Marcia alerta que ainda há pessoas que não sabem que para se prevenir da covid-19 é necessário lavar as mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel, manter distância segura entre pessoas, não tocar olhos, nariz ou boca. “Quando tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com o cotovelo dobrado, ou utilize lenço descartável, ficar em casa e somente sair em caso de necessidade e se precisar sair, use máscara”. Até o momento, não há vacinas ou medicamentos específicos para a cura da doença. Os protocolos atuais baseiam-se em tratar os sintomas, prevenir as infecções e tentar evitar o avanço da doença.
Athayde explica que o tratamento fisioterapêutico é fundamental aos pacientes acometidos pela covid-19, a fisioterapia respiratória deve iniciar tão logo o paciente esteja curado dos sintomas mais graves. Os primeiros sete dias após a alta são decisivos para recuperação do sistema respiratório e motor.
“Pacientes hospitalizados, principalmente em UTI ficam restritos ao leito, o que causa desuso da musculatura, associado aos efeitos colaterais dos medicamentos, e o comprometimento do trato respiratório. Portanto, os exercícios respiratórios para restabelecer a plena capacidade respiratória são primordiais, e tem por objetivo a recuperação da aptidão física, melhorar a dispneia, restabelecer a massa e a força muscular, melhorar capacidade física, funcional e a qualidade de vida do paciente, para o retorno das atividades diárias”.
A fisioterapeuta que acompanhou pacientes que foram acometidos pela Covid-19 detalha que é importante a reabilitação cardiorrespiratória e motora nesses pacientes. “Deve-se ficar atento a individualidade, pois cada um tem um limiar. O profissional que acompanha o paciente na fisioterapia tem que ser criterioso. Começar com exercícios leves e gradualmente aumentar a intensidade, para melhorar a aptidão física do paciente; realizar treinamento de força e resistência progressivos, e treinamento de marcha e equilíbrio também são de extrema relevância. Esses pacientes encontram-se fragilizados, então é necessário que eles se sintam seguros para retornar as suas atividades cotidianas, maxibilizando sua qualidade de vida”.
“Acredito que jamais seremos e nem deveremos ser como antes após o fim desta terrível pandemia. Ainda que de forma subliminar, acredito que essa experiência nos fará enxergar o mundo de outra maneira e nos trará a oportunidade de um novo recomeço. Uma chance para que as pessoas não só valorizem mais as pequenas coisas, como o simples fato de poder receber um abraço, como também possam reavaliar questões abrangentes, como economia, a valorização de profissionais capacitados – os mesmos que estão na linha de frente da Covid 19 – e a necessidade de mudanças na estrutura de cada país para amenizar os impactos de futuras pandemias”, finaliza Marcia.
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