Nesta segunda-feira (3), foi dada a largada para a construção do canteiro de obras da margem direita. Ponte da Integração deve ser inaugurada em junho de 2022. Seis meses depois de iniciada a construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, município vizinho a Ciudad del Este, as obras na margem direita começam a ganhar o ritmo esperado. Após várias reuniões e planejamentos envolvendo instituições diretamente ligadas à obra, todos os obstáculos aos trâmites aduaneiros finalmente foram superados.
Como consequência disso, nesta segunda-feira (3), houve o primeiro transporte de insumos de construção civil para o lado paraguaio. O material será usado na montagem do canteiro de obras daquele lado da ponte, que é totalmente custeada pela usina de Itaipu. A obra garantirá uma nova era para a economia de toda a região.
A próxima etapa será a construção da ensecadeira do pilar principal da ponte. Na prática, isso significa que, a partir de agora, o transporte de materiais e insumos entre Brasil e Paraguai para esse fim será rotineiro. A expectativa é que a obra do lado paraguaio adquira o ritmo desejado e se equipare ao andamento do lado brasileiro, bastante adiantado.
Foram meses de negociação entre várias instituições parceiras, como Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, DNIT, Ministério de Relações Exteriores, governo do Paraná e a Itaipu, que está bancando a nova ligação. A Diretoria de Coordenação está acompanhando a obra passo a passo.
Além de todos esses esforços, um decreto assinado pelo presidente Mario Abdo Benítez, o Marito, na semana passada, considerando a obra da Ponte da Integração Brasil-Paraguai de interesse nacional, também ajudou a destravar o processo burocrático.
Pronta em junho de 2022
Se tudo ocorrer dentro do esperado, a segunda ponte ficará pronta em junho de 2022. Por ela transitará todo tipo de veículo. A nova ligação desafogará o tráfego da Ponte da Amizade, também sobre o Rio Paraná, que não terá mais o trânsito de caminhões.
Os caminhões pesados, que hoje trafegam pelo corredor turístico e vias centrais de Foz do Iguaçu, passarão a utilizar a Perimetral Leste, ligação entre a nova ponte e a BR-277. Será necessário construir um novo Porto Seco, mas o tema já está bastante adiantado.
Outras obras
Em 2021, outra obra importante para o turismo e desenvolvimento regional, com aporte de Itaipu, também deverá ficar pronta: a ampliação da pista de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.
Além do aeroporto, Itaipu também está realocando recursos obtidos com a economia em gastos sem aderência à missão da usina em outras obras estruturantes, como a modernização do Hospital Ministro Costa Cavalcanti e a conclusão do mercado municipal, assim como em novos roteiros turísticos dentro e fora da usina.
Um deles será o circuito que ligará o futuro mercado à usina, passando por lugares que remetam à época da construção. Em outubro, o Gramadão passará por uma revitalização e será transformado em um grande parque de lazer.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, quer agilidade em todas as obras anunciadas. “Foz do Iguaçu merece ser dotada de infraestrutura adequada para o bem-estar de sua gente e os turistas que visitam a cidade”. E complementa: “esse é o nosso compromisso. Vamos deixar um legado para essa e as futuras gerações”.
O que é
A Ponte da Integração vai ligar Foz do Iguaçu (Brasil) a Presidente Franco (Paraguai) e ajudará a aliviar o trânsito de veículos pesados na Ponte da Amizade, hoje única ligação entre os dois países sobre o Rio Paraná.
A nova estrutura terá 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, com duas torres de 120 metros de altura. A pista será simples, com 3,7 metros de largura de cada lado, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro.
O investimento previsto é de R$ 463 milhões, dos quais R$ 323 milhões serão usados na ponte e R$ 140 milhões, nas obras da Perimetral Leste, ligação entre a nova ponte e a BR-277. O Governo do Estado é responsável pela gestão da obra.
Deixe um comentário