Pelo menos 310 pessoas morreram nesta quinta-feira (24) e 450 ficaram feridas em um tumulto envolvendo peregrinos próximo à cidade sagrada de Meca, onde 3 milhões de pessoas participam do Hajj, o rito muçulmano da peregrinação, informou a Defesa Civil da Arábia Saudita. Devido ao grande número de pessoas e o atendimento ainda em curso, o número de mortos e feridos pode aumentar, dizem as autoridades.
O incidente aconteceu entre acampamentos de peregrinos na cidade vizinha de Mina, que abriga aqueles que viajam a Meca para as festividades. O Islã diz que todos aqueles capazes devem realizar o Hajj ao menos uma vez na vida. As informações são do portal UOL.
Segundo a rede norte-americana “CNN”, o tumulto aconteceu durante o ritual de apedrejamento do diabo, que em outros anos já causou incidentes com centenas de mortos.
De acordo com a Defesa Civil, seis equipes de emergência prestam os primeiros socorros aos feridos no local da tragédia e orientam os peregrinos para “rotas alternativas”.
Até o momento não foram divulgados os motivos que teriam provocado uma correria em Mina, cidade que realizou nos últimos anos obras de infraestruturas para facilitar o deslocamento dos peregrinos.
No dia 11 de setembro, quase duas semanas antes do início da peregrinação à Meca, uma grua desabou na Grande Mesquita e matou mais de 100 pessoas.
Um ritual e muitos incidentes
No ritual de apedrejamento do diabo, a multidão atira pedras em três pilares, em uma reencenação do evento quando o profeta Abraão apedrejou o demônio e rejeitou suas tentações, de acordo com as tradições muçulmanas.
A cerimônia foi palco de tumultos e centenas de mortes nas décadas de 1980 e 1990, uma vez que para acessá-la, peregrinos precisam passar por um gargalo lotado que leva aos pequenos pilares. Em 2006, um tumulto no local causou a morte de 363 pessoas.
Depois dos incidentes, o governo saudita ergueu três grandes e uma ponte de cinco andares que custaram U$ 1,2 bilhão, em uma tentativa de um ambiente mais espaçoso para os fiéis. (Com agências internacionais)
Esses exemplos de fanatismo religioso mostram que isto está cada vez mais ameaçando o futuro do nosso planeta. Deus nos livre disto aqui no Brasil.