Banda B
Cerca de mil trabalhadores de uma indústria de papel de celulose estão em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba, na manhã desta segunda-feira (23). Eles exigem uma agenda com o governador Beto Richa (PSDB) sobre as invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em áreas da empresa Araupel, que fica em Quedas do Iguaçu, sudoeste do Paraná. O bloqueio do MST prejudica os trabalhadores da indústria, que temem pela demissão. Por causa da manifestação o trânsito na região está congestionado.
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O objetivo do grupo em Curitiba é conseguir uma reunião com o Governo do Estado para que medidas urgentes sejam tomadas. Um dos trabalhadores da Araupel, Paulo Mateus, alegou que o emprego de cerca de 1,5 mil pessoas está ameaçado. “Queremos lutar pelo direito de continuar trabalhando, já estamos há dias com as atividades da nossa empresa parcialmente suspensas em função das ações do MST, que vem impedindo nossa entrada na área de coorte de madeira. Precisamos de uma solução imediata, são pessoas que dependem do emprego para o sustento das famílias”, defende.
Ainda, segundo o trabalhador, além da invasão houve destruição de maquinários da empresa. A ocupação do MST em uma fazenda de reflorestamento aconteceu em julho e desde lá mais de duas mil famílias impedem trabalhos em uma área de quase 35 mil hectares, que pertence a Araupel. Os sem-terra querem a desapropriação do espaço para fins de reforma agrária.
Empresa
A Araupel é responsável pela contratação de 8% da força economicamente ativa de Quedas do Iguaçu, segundo dados do IBGE, cidade onde residem 96% de seus quase mil colaboradores.
Reunião
O Governo do Estado informou que os manifestantes serão recebidos pelo chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, às 11 horas e só depois deste encontro irá se manifestar sobre o caso.
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