O Tribunal de Justiça de São Paulo declarou que o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra é um torturador do regime militar (1964-1985).
Ele chefiou o DOI-Codi (centro de repressão do Exército) no início dos anos 70, durante o período mais violento da ditadura militar.
O coronel tinha entrado com recurso para tentar derrubar sentença que o reconhecia legalmente como responsável por torturas contra opositores do regime, mas perdeu por três votos a zero no Tribunal de Justiça. Cabe recurso à decisão.
A ação contra ele foi movida pela família Teles, que acusa o militar de maus-tratos. Cinco integrantes da família foram presos no DOI-Codi paulista em 1973.
O advogado da família, Fábio Konder Comparato, disse que “a decisão vai melhorar muito a imagem do Brasil diante de organizações internacionais que defendem os direitos humanos”.
Em junho, o coronel foi condenado em primeira instância a indenizar a família do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto em 1971 também em decorrência de torturas da ditadura.
A reportagem não conseguiu falar com a defesa do coronel.
via Folhapress
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