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‘Temo ataque de algum maluco’: deputado Luis Miranda pede autorização à PF para comprar arma de fogo

Luis Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Fernandes Miranda denunciaram na CPI da Covid suposto esquema na compra da vacina Covaxin.

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) apresentou um requerimento à Polícia Federal (PF) pedindo autorização para comprar uma arma de fogo.

“Nos últimos tempos, devido a uma série de denúncias que o mesmo fez publicamente, vem sofrendo ameaça contra a sua vida e de sua família”, lê-se no documento entregue à PF, citado pela Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (30).

​”Eu não sinto medo de grupo criminoso organizado. Eu temo pelo ataque de algum maluco […]. O próprio presidente Jair Bolsonaro deveria estar preocupado com a minha segurança”, afirmou Miranda à mídia.

No requerimento, o deputado cita o “golpe de faca” sofrido pelo presidente em 2018 e o assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro. Miranda argumenta ainda que possui “habilidades com armas de fogo” e realizou treinamentos no Brasil e no exterior.

O parlamentar acrescenta que é “vítima de rivalidades políticas e de ameaças, muitas delas virtuais, mas outras pessoais […] [e que] precisa de meios para se proteger em caso de eventual ataque ou retaliação política, ou ataque físico à sua integridade”.

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AP Photo / Eraldo Peres

Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde, saiu, e seu irmão, o deputado Luis Miranda, participam de audiência da CPI da Covid no Senado Federal, em Brasília, Brasil, sexta-feira , 25 de junho de 2021

CPI da Covid

​Na sexta-feira (25), o deputado e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda, foram na CPI da Covid falar sobre as suspeitas envolvendo a vacina indiana Covaxin. Durante quase oito horas de depoimento, os dois relataram que levaram as informações para o presidente Jair Bolsonaro em março. O caso também é investigado pelo Ministério Público (MPF), que viu indícios de crime.

Luis Ricardo Fernandes Miranda discute com a PF a possibilidade de ser incluído no programa de proteção a testemunhas.