O presidente Michel Temer (PMDB) mostrou simpatia à ideia de o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), se candidatar à Presidência no próximo ano. Nas palavras de Temer, o tucano “é uma figura muito adequada ao Executivo”. “Extraordinário” e ” ninguém pode impedi-lo eventualmente de ser candidato”. Sobre o governador paulista, Geraldo Alckmin, que disputa a indicação do PSDB para concorrer ao Planalto, Temer foi sucinto: “Não tenho nenhuma queixa sobre o governador Alckmin”. As informações são do Valor Econômico.
As declarações foram feitas em entrevista ao site “Poder 360”, publicada nesta sexta-feira. Questionado se o PMDB tende a formar aliança em 2018 com o DEM e o PSDB, Temer foi evasivo. “Vai depender muito das circunstâncias políticas do ano que vem.”
O presidente evitou criticar as intenções eleitorais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode ser impedido de concorrer por condenação judicial. “Num sistema democrático, quem quiser se habilita, se candidata. O eleitor é que vai dizer se aprova, se não aprova.”
Temer comentou ainda as idas e vindas do PSDB em relação ao governo. “Se você me dissesse “bom, o senhor gostaria de ter todos os votos do PSDB”, evidente! Aí, se não é possível, paciência. Os votos que estão dando estão sendo mais que suficientes.”
Sobre sua expectativa em relação à análise no plenário da Câmara da denúncia contra si por obstrução de Justiça e organização criminosa, o presidente disse ser “positiva”. “Mas eu não dou nenhum palpite sobre isso porque tenho que respeitar a soberania da Câmara dos Deputados e da decisão do plenário”, afirmou.
A votação em plenário acontece na próxima semana. O presidente vem atuando pessoalmente na articulação política e negociação com deputados para barrar a denúncia na Casa, a exemplo do que fez quando foi alvo de uma denúncia por corrupção passiva, em julho.
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