O presidente da República, Michel Temer, deve fazer uma escolha rápida sobre quem substituirá o ministro Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar pressão política. Por ter amplo trânsito no meio jurídico, Temer vai conduzir pessoalmente o processo de escolha. A preocupação do governo é de buscar um nome técnico para evitar acusações de que busca interferir nos rumos da Lava-Jato.
Temer é professor de direito constitucional, tendo entre seus interlocutores frequentes ex-ministros da Corte, como Nelson Jobim e Carlos Ayres Britto. Um assessor do presidente observa que devido justamente por ter muitos amigos e conhecidos na área, Temer terá de “escolher” quais telefonemas atender para falar sobre o tema.
A escolha terá um formato diferente do que ocorreu nos governos dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Nestas gestões, os ministros da Justiça tinham papel fundamental na escolha, realizando conversas prévias com possíveis indicados. No caso de Temer, a decisão deve ocorrer de forma mais centralizada pelo próprio presidente.
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