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Suspeito de matar estudante uruguaia no PR é transferido para Foz do Iguaçu

foragido unila

Jeferson Diego Gonçalves, 30 anos, suspeito de matar a estudante uruguaia Martina Piazza Conde, foi transferido para a delegacia da Polícia Civil (PC) em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, no fim da tarde desta segunda-feira (17). Considerado foragido desde o dia 10, quando teve a prisão preventiva decretada, ele foi preso no sábado (15) pela Polícia Militar (PM) de Nova Laranjeiras, no centro-oeste do Paraná, a pé, às margens da BR-277, a 260 km da fronteira. Depois de ser identificado, foi levado para a delegacia de Laranjeiras do Sul. As informações são do G1 PR.

A uruguaia foi assassinada na madrugada do dia 3 de março no apartamento de amigos que estavam em viagem, e o corpo foi encontrado na noite de 6 de março. Ela estava cuidando do imóvel. Imagens do circuito interno de segurança mostram o momento em que ela e Gonçalves sobem as escadas do prédio, por volta das 4h30, em direção ao apartamento. Quase uma hora depois, ele desce sozinho, com a chave do imóvel na mão.

Segundo o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), a estudante de 26 anos morreu em decorrência de asfixia mecânica provocada por “estrangulamento e enforcamento por fio elétrico”. A uruguaia morava em Foz do Iguaçu desde 2011, quando começou a cursar Antropologia e Diversidade Cultural Latino-Americana na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

“Ele estava a pé, se comportando de maneira acuada, o que chamou a atenção dos policiais que estavam passando pela marginal da rodovia. Foi abordado e disse que estava indo para Paranaguá, no litoral do estado, pagar uma promessa. Checamos o sistema de informações e percebemos que se tratava do suspeito de matar a universitária em Foz. Ele nem reagiu à prisão”, disse ao G1 o comandante da PM, Adão Cecílio.

No retorno com o suspeito a Foz do Iguaçu, pouco antes das 19h, o delegado Alexandre Macorin disse que Gonçalves confessou o crime e alegou um motivo “pouco usual” para cometer o crime. Os detalhes, porém, só devem ser divulgados em entrevista coletiva na manhã de terça (18). “As investigações indicam que depois de deixar o prédio ele foi para casa dormir e no dia seguinte procurou amigos para se aconselhar e decidiu fazer a viagem a pé e pegando carona. Telefones monitorados na região confirmam isso”, explicou. Macorin disse ainda que Martina era sobrinha do Secretário Nacional Antidrogas do Uruguai.

Foto: Fabiula Wurmeister / G1