O diretor brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, participa junto com o presidente da Fiep-PR, Edson Campagnolo, e lideranças na próxima segunda-feira (05), do lançamento do Plano de Desenvolvimento Regional Integrado do Sudoeste (PDRI), projeto que visa impulsionar o desenvolvimento econômico da região por meio de ações de desenvolvimento da cadeia produtiva empresarial, de tecnologia, industrial, cooperativa, comercial e de serviços. O ato será às 14h, no auditório da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná.
Ao todo, 11 entidades, entre empresas estatais, entidades industriais, comerciais, agropecuárias, de serviços, além de federações e associações participam do programa que tem um sólido planejamento até o ano de 2020. Fazem parte do núcleo do programa entidades como Sebrae –PR, Fecomércio, Faciap, Fiep, Faep, Agência de Desenvolvimento Regional, AMSOP, Unicafes, Ocepar e a estatal de energia elétrica Itaipu Binacional.
Também estarão presentes no lançamento do PDRI, o presidente da AMSOP, Ricardo Ortiña, o presidente da Casispar, Lidones Colferai, o superintendente do Sebrae-PR, Vitor Tiotcheta e o presidente da Agência de Desenvolvimento Regional, Luiz Carlos Peretti.
Objetivos
Com uma proposta inovadora o PDRI visa empreender forças para estimular o desenvolvimento de novos e potenciais setores da economia local. Trata-se de um programa de médio prazo que vai estimular o crescimento de setores da indústria de tecnologia, informação, transformação, setor de serviços, comércio e agronegócio. “É uma estrutura que será desenvolvida com planejamento estratégico, foco em novos negócios e apoio ao desenvolvimento de potencialidades econômicas. O sudoeste tem um quadro empreendedor muito promissor, tem municípios aptos a receber novos investimentos e um grande polo de ensino superior e de tecnologia. É um panorama mais do que favorável para que possamos organizar um plano de desenvolvimento único na nossa história”, disse o presidente da AMSOP, e prefeito de Santo Antonio do Sudoeste, Ricardo Ortinã.
O diretor da Agência de Desenvolvimento Regional, Célio Bonetti, explicou que ao somar entidades industriais, do comércio, serviço, indústria, agricultura e agricultura familiar, o plano passou a ser abrangente e organizado para contemplar a cadeia produtiva como um todo. “O Sudoeste é muito versátil quando o assunto é economia, empreendedorismo, o PDRI surge para auxiliar no aproveitamento dessa potencialidade proporcionando espaço para novas demandas, reprimidas pela ausência de planejamentos estratégicos por setor”, explicou.
O Plano
De acordo com a comissão organizadora, o PDRI estimula o debate sobre temas relacionados ao desenvolvimento econômico, social, ambiental e institucional do Sudoeste do Paraná. Atua sobre problemas ou oportunidades regionais específicas, buscando a formulação de uma estratégia única.
Propõe, ainda, a organização das iniciativas para o desenvolvimento conjunto da região, buscando maior sinergia entre instituições públicas e privadas em suas propostas de ações e projetos. No âmbito do Plano, as ações regionais de desenvolvimento são guiadas por uma Visão de Futuro e implementadas segundo Eixos Estruturantes. “É um diagnóstico do que a região pode oferecer quais os caminhos deve seguir para crescer. Embora seja um pensamento global, e ele é, o planejamento nos permite agir estrategicamente por segmento, fazendo com que o plano funciona como uma grande engrenagem”, pontuou Célio Bonetti.
Pesquisa
Para a elaboração do Plano, as entidades envolvidas realizaram uma série de estudos e, entre eles, uma pesquisa qualitativa considerado informações sobre emprego e renda, meio ambiente, infraestrutura, saúde, segurança e educação.
Emprego e renda foi a demanda apontada como a principal dificuldade a ser enfrentada pelo Sudoeste nos próximos 10anos. A abordagem identificou tendências de que a diversificação produtiva, melhora da mão de obra, qualificação de empregos e agregação de valores são temas presentes nas respostas e inspiram cuidados, principalmente nas análises econômicas realizadas.
Os demais resultados foram os seguintes:
Ambiental – por se tratar de uma região cuja base econômica é formada elo agronegócio, a utilização de solo, agrotóxicos e uso racional da bacia hidrográfica faz parte da preocupação das lideranças regionais. Há grande potencial de desenvolvimento tecnológico nessa área, principalmente buscando a aproximação entre academia e setor produtivo.
Infraestrutura – foi apontado como principal fator limitante, porém de difícil intervenção. Investimentos em infraestrutura para construção ou ampliação de estradas, ferrovias e até mesmo aeroporto regional demandam grandes volumes de recursos, geralmente articulados pelo Governo do Estado junto ao Governo Federal.
Institucional – a densidade institucional foi positivamente destacada. Há muitas instituições ativas que representam os interesses públicos e privados. Destacou-se o papel da Agência como indutora do processo de desenvolvimento da região. Foi apontada uma maior necessidade de interação entre os meios empresarial e político, indicando a AMSOP como a articuladora desta ponte, afim de criar uma agenda comum para o desenvolvimento regional integrado. Sobre as demais instituições públicas, a pesquisa apontou deficiência e falta de credibilidade.
Segurança – preocupa as pessoas, mas não é apontada como grande problema da região.
Saúde – necessita ser melhorada (atendimento básico, melhoria da infraestrutura e ampliação das especialidades), principalmente por meio do aproveitamento dos programas governamentais. Os municípios que se destacam nesse quesito são aqueles em que o Programa Saúde da Família está bem organizado e é efetivamente atuante.
Educação – a qualidade da educação oferecida não apresente indicadores satisfatórios e deve ser atentamente acompanhada, buscando melhorias contínuas, sobretudo na educação básica.
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