Já está registrado desde às 13h desta quinta-feira (20) denúncias contra o deputado federal e presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL). As informações são das agências.
O procurador-geral geral da República Rodrigo Janot entregou as denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha e Collor são acusados de recebimento ilícito de propinas referente a contratos da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. Caso o STF aceite as denúncias, Collor e Cunha serão réus na Justiça. Ambos políticos negam as acusações do Ministério Público.
Nesta quinta, Cunha disse que o STF exagerou, pois teria coletado dados de todos os deputados. O procurador-geral disse, entretanto, que não pegou dados de todos, mas apenas da deputada Solange Couto (PMDB-RJ), que teria intermediado as propinas requeridas por Cunha, e do próprio presidente da Câmara.
Em delação premiada, o lobista, empresário e representate da Toyo Setal, Julio Camargo, disse que Cunha recebeu US$ 5 milhões de dólares para facilitar a contratação de navios-plataforma da Petrobras pela sul-coreana Samsung Heavy Industries.
Collor, por sua vez, teria recebido R$ 26 milhões em propinas entre 2010 e 2014, para favorecer contratos com a BR Distribuidora.
Eduardo Cunha começou a carreira justamente no governo Collor, em 1989, quando o empresário Paulo César Farias o convidou para integrar o Partido da Reconstrução Nacional (PRN),que hoje tem nome de PTC. Cunha havia atuado como tesoureiro da campanha presidencial de Collor.
Brasileiro tem os líderes que merece. Duas tranqueiras que se reelegem eternamente, mesmo estando sempre envolvidos em falcatruas.