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STF facilita vida de Marta e Alvaro

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O STF decidiu nesta quarta-feira, 27, que a regra da fidelidade partidária não se aplica a senadores, prefeitos, governadores e presidentes. Os políticos eleitos para esses cargos estão autorizados a trocar de partido sem ter o mandato cassado. A decisão atende a senadora Marta Suplicy (SP) que trocou o o PT pelo PSB e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) que pode pular fora do ninho tucano para a disputa do governo do Paraná em 2018.

O STF entendeu que cassar o mandato de políticos eleitos pelo sistema majoritário, no qual o mais votado é eleito, apenas por terem trocado de partido viola a “soberania popular”. A decisão atinge em cheio a iniciativa do PT de tentar reaver o mandato de Marta Suplicy. O partido protocolou uma ação no TSE pedindo a cassação do mandato de Marta por infidelidade partidária. As informações são de Fernando Rodrigues

O PT escolheu um péssimo momento para mover a ação contra Marta. Acirrou a animosidade entre o partido e a senadora e, agora, tem chance praticamente nula de sucesso. A decisão do plenário do Supremo nesta 4ª feira foi unânime e será observada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Marta se disse “emocionada” com a decisão do Supremo. Em post em uma rede social, disse que a Corte “coloca fim a polêmicas, prevalecendo o principal instrumento da democracia: o voto”.

A regra da fidelidade partidária continua em vigor para cargos disputados pelo sistema proporcional: vereadores, deputados estaduais e deputados federais. Nesses casos, o político precisa justificar a mudança do partido por uma razão substantiva, como perseguição interna.

Luís Roberto Barroso, ministro relator do caso no STF, afirmou em seu voto que o vínculo entre partido e mandato é muito mais tênue no sistema majoritário do que no proporcional. “Não apenas pela inexistência de transferência de votos, mas pela circunstância de a votação se centrar muito mais na figura do candidato do que na do partido”, escreveu.