O candidato a prefeito de Curitiba pelo PMDB, Rafael Greca, se posicionou contrário à proposta de implantar o modelo de pedágio urbano na capital paranaense.
“Sou contra o pedágio urbano, pois vamos inovar, humanizar nossa Curitiba, dar-lhe novas energias para movimentar o trânsito e o transporte público”, afirmou o candidato.Segundo Greca, a restrição ao direito de ir e vir dos cidadãos “não é da nossa cultura”. “Londres e Roma implantaram pedágio urbano para proteger centros históricos milenares. Compensaram-no com amplos investimentos. Roma oferece ainda ônibus elétrico circular gratuito não poluidor”, ressaltou.
Novas soluções
O candidato reforçou o programa de sustentabilidade ambiental que pretende usar as novas energias ou energias renováveis para movimentar as várias formas de transporte na capital do estado.
“Sonhamos com Curitiba sem pedágio, num horizonte novo da ‘eletricidade feita em casa’, à luz do sol aproveitada para abaixar custos de transportes e iluminação pública”, afirmou, complementando: “Quero acender araucárias de luz em ruas transformadas em fotovias”.
Contexto
A proposta do pedágio urbano se sustenta da Lei de Mobilidade Urbana, sancionada, este ano, pela presidenta Dilma Rousseff, válida para todos os municípios brasileiros.
O grande argumento remete ao aspecto da redução do fluxo de automóveis nas cidades, com a cobrança do pedágio (taxa) urbano pelos motoristas para a circulação de veículos.
A proposta ganhou destaque, recentemente, na Câmara de Vereadores de Curitiba, com uma ampla discussão sobre a aprovação ou não de projeto de lei que permite a implantação do sistema de cobrança. O projeto, no entanto, não vigorou na Casa de Leis.
LONDRES – MOBILIDADE NO TRANSITO DE VEICULOS NO CENTRO DA CIDADE NÃO É PEDAGIO URBANO TEM CONTRA PARTIDA E DIREITOS ISONOMICOS.
Implantação: fevereiro de 2003
Abrangência: 21 quilômetros quadrados na região central, de segunda a sexta, das 7h às 18h
Efeitos imediatos: redução de 30% nos congestionamentos aumento de circulação de outros meios de transporte na área (23% para ônibus, 17% para táxis e 20% para bicicletas) e crescimento da velocidade média de 14,3 km/h para 17,3 km/h
Quanto custa: 10 libras (32 reais) para cada dia que o carro passar pelo perímetro cobrado com direito a estacionar. Moradores da área podem requisitar descontos que chegam a 90%
Como é o controle: 197 câmeras fazem a leitura da placa e o condutor pode pagar a fatura por meio de débito automático, cartão de crédito, SMS, lojas autorizadas e outras formas.
Quem é isento: motocicletas, bicicletas, táxis, veículos de emergência e carros usados por pessoas com deficiência física.
Revista Veja de 17.06.12