Nayara Fraga
Estadão
Tim Berners-Lee, o inventor da World Wide Web (www), é mais um dos grandes nomes que se opõem às propostas de lei americanas de combate à pirataria e à violação de direitos autorais. Durante conferência da IBM, Lee chamou o Stop Online Piracy Act (Sopa) e o Protect IP Act (Pipa) de projetos antidemocráticos que desrespeitam os direitos humanos, segundo o Business Insider.
“Se você está nos Estados Unidos, você deveria se mover, ligar para alguém ou mandar um email para protestar contra esses projetos, porque eles não foram elaborados para respeitar os direitos humanos, como seria apropriado em um país democrático”, disse Lee. Ele alerta os americanos para a necessidade de se expressarem em relação às propostas antes que elas sejam validadas.
A política e comissária europeia para a Agenda Digital, Neelie Kroes, também se manifestou no Twitter: “Feliz que a maré está virando contra a SOPA: não precisamos de leis ruins quando deveríamos estar resguardando os benefícios de uma internet aberta”. Segundo o BI, foi um comentário aberto incomum, o que mostra a crescente resistência em torno dos projetos de lei.
Caso sejam sancionadas, as leis SOPA e PIPA darão ao governo americano o direito de fechar sites de compartilhamento de conteúdo pirata baseados no exterior, como o Pirate Bay. Assim, criaria-se uma lista negra de foras-da-lei e de sites que, porventura, têm algum tipo de vínculo com eles.
A polêmica vai longe. Provedores de acessos poderiam ser ordenados pela corte americana a bloquear o acesso aos sites piratas estrangeiros, e buscadores, como o Google, seriam ordenados a desabilitar os links dos sites no resultado da busca.
No dia 18, a versão em inglês da Wikipedia ficou apagada por 24 horas, em protesto contra os projetos de lei. Várias manifestações ocorreram em outro sites e nas ruas. O Google, por meio da página Google.com/takeaction, convida seus usuários a assinar uma petição online.
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