Em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta (2), um dos sócios da Labogen, Leonardo Meirelles, admitiu que o deputado André Vargas (ex-PT) foi o responsável por indicar o laboratório ao Ministério da Saúde para a formalização de um contrato de R$ 35 milhões para produção de medicamentos. As informações são da Folha de S. Paulo.
Ele depôs como testemunha no processo que investiga a quebra de decoro do deputado devido ao seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob a acusação de lavagem de dinheiro.
Segundo Meirelles, Vargas lhe foi apresentado pelo doleiro em 2013. Youssef teria indicado o deputado como alguém que poderia ajudar na viabilização do contrato.
“Não teve intermediação de Vargas. Mostrei para ele o projeto e ele só fez o encaminhamento técnico”, disse.
De acordo com a PF, a Labogen teria sido usada para lavar US$ 37 milhões (R$ 85 milhões) oriundos dos negócios de Youssef ao simular importações. Em mensagem interceptada pela PF, Vargas e o doleiro falam do laboratório, tratando o negócio como uma oportunidade de “independência financeira” para ambos.
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