Por Fábio Góis e Edson Sardinha, no Congresso em Foco:
Apenas sete entre os 88 senadores que exercem ou exerceram mandato no primeiro semestre deste ano compareceram a todas as 62 sessões plenárias deliberativas, quando proposições são discutidas e votadas. Ou seja, apenas 7,9% do total de senadores registraram 100% de comparecimento àquelas sessões. São titulares ou suplentes que, comprometidos com os dias definidos para deliberações sobre a pauta legislativa (entre 8 de fevereiro e 14 de julho), não faltaram ou recorreram a licenças que abonassem eventuais ausências do plenário.
Todos os mais assíduos neste início de legislatura (2011-2014) pertencem a partidos da base de sustentação ao governo no Senado. E representam seis estados de quatro regiões brasileiras – dois deles são do Mato Grosso do Sul. São eles: Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Delcídio do Amaral (PT-MS), José Pimentel (PT-CE), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Paim (PT-RS), Pedro Taques (PDT-MT) e Waldemir Moka (PMDB-MS). Lindbergh, Pedro e Waldemir são estreantes na Casa.
Há ainda o caso de Geovani Borges (PMDB-AP), igualmente com 100% de assiduidade. Mas, nesse caso, uma ressalva: Geovani é suplente do irmão, Gilvam Borges (PMDB-AP), que está licenciado do cargo, e passou a exercer o mandato somente a partir de 31 de março. Assim, o peemedebista teve 44 sessões deliberativas como compromisso legislativo, e compareceu a todas elas (até 14 de julho, última sessão do primeiro semestre realizada quatro dias antes do recesso parlamentar).
Três outros senadores deixaram de registrar presença em apenas uma entre as 62 sessões deliberativas – o que reflete, ao menos no primeiro semestre, a diminuição do número de faltas nessas ocasiões, quando o plenário se torna palco de discussões que interferem no destino da população. Como o Congresso em Foco mostrou ontem (segunda, 12), caiu pela metade o índice de ausência em relação ao mesmo período de 2010, ano eleitoral.
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