O Comando do Exército adiantou ao governador Beto Richa que a implantação do Sisfron na fronteira entre o Paraná, Paraguai e a Argentina começa em 2018. Para tal fim, Orçamento da União vai prever de R$ 800 milhões para esta segunda fase. Serão R$ 500 milhões através de emenda da bancada federal paranaense e mais R$ 300 milhões da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. A primeira etapa o Exército vai concluir em 2018 na região de Dourados (MS) nas fronteiras da Bolívia e do Paraguai.
Ainda em 2016, o comandante militar do Sul, general Edson Leal Pujol, adiantou ao governador Richa que o Paraná passou o Amazonas na escala de prioridade, depois do Mato Grosso do Sul. Richa, por reiteradas vezes, pediu urgência na instalação do Sisfron, apontando que 70% dos municípios brasileiros se situam na região fronteiriça do Codesul com localização estratégica para a segurança nacional.
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras é um dos projetos estratégicos do Exército de sensoriamento, apoio à decisão e de emprego operacional, que fortalece a presença e a capacidade de ação de segurança na faixa de fronteira. O sistema prevê um conjunto de recursos tecnológicos capazes de prover com informações as unidades militares.
Dentre os instrumentos usados estão radares fixos e móveis, sensores óticos, câmeras de longo alcance, comunicações táticas e estratégicas, binóculos termais. Um dos radares portáteis é o Sentir-M20 de curto alcance, desenvolvido pela indústria brasileira e é capaz de executar operações de vigilância, aquisição, classificação, localização, rastreamento e exibição gráfica automática de alvos em terra, como indivíduos em solo, tropas, blindados, caminhões, trens e helicópteros.
No Paraná, 19 municípios fazem fronteira direta com o Paraguai e a Argentina, numa extensão de 1,4 mil quilômetros, e outros 120 municípios estão localizados na área de influência da fronteira.
A unidade do Exército que abrigará o centro de controle está sediado em Cascavel e controlará os postos militares paranaenses de Guaíra, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e o de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina.
A empresa Savis, do grupo Embraer Defesa e Segurança, é a responsável pela implantação do Sisfron e já desenvolve um programa de fornecedores nacionais e o Paraná estará agraciado com este modelo de negócios, ao privilegiar as empresas nacionais.
O Estado já desenvolve programas específicos de segurança pública que serão integrados ao sistema de monitoramento do Exército. É o caso do Batalhão de Fronteira da Polícia Militar sediado em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Estado.
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