O Sindiurbano-PR repudia as declarações do secretário de Trânsito de Curitiba, Joel Krüger, no Blog do Esmael. Sob o pretexto de acabar com a “indústria das multas em Curitiba”, Kruger afirmou que o objetivo de sua gestão é que os agentes de trânsito possam passar todo o dia de trabalho sem aplicar nenhuma multa em toda a capital. Além disso, declarou que os autos de infração só seriam aplicados em casos de extrema necessidade.
“O Sindiurbano-PR questiona qual é esta “indústria da multa” a que o secretário se refere e em quais estatísticas ele se baseia para fazer esta afirmação. O Sindiurbano-PR esclarece que, em Curitiba, mais de 60% das multas são aplicados por radares e lombadas eletrônicas ou por agentes do BPtran, segundo dados da Gazeta do Povo, publicados em maio de 2012”, diz a nota distribuída para imprensa.
De acordo com uma matéria veiculada no programa Paraná TV 2ª Edição, no dia 2 de fevereiro de 2013, de cada 100 multas aplicadas em Curitiba, 55 são aplicadas pelos radares, em sua maioria por excesso de velocidade.
Além disso, dos cerca de 40% de autos de infração aplicados pelos agentes de trânsito da Setran, parte significativa vem do estacionamento regulamentado, aplicada aos veículos estacionados de forma irregular, que não respeitam o tempo de estacionamento rotativo ou não utilizam o cartão nas vagas do EstaR, prejudicando a rotatividade e o comércio.
E mesmo após ter recebido o aviso de regularização, a transformação deste aviso em multa só depende do condutor, já que este pode regularizar a sua situação em um posto de atendimento da SETRAN e, assim, não ser multado.
O Sindicato cobra, ainda, explicações sobre o que Krüger considera como “caso extremo”, já que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define que constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste Código, da legislação complementar ou das resoluções do Contram, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas. No trânsito, a irresponsabilidade do condutor coloca em risco a saúde e a segurança das pessoas, além de prejudicar a circulação nas cidades.
Educação no trânsito
O Sindiurbano-PR defende que sejam realizadas iniciativas com o objetivo de melhorar a educação da população. Porém, esta condição só é possível a partir da efetivação de uma verdadeira política de educação de trânsito de forma intensiva e permanente nos meios de comunicação, além da implantação da educação de trânsito como matéria curricular no ensino fundamental, por parte do atual prefeito.
Vale destacar que, segundo o CTB, a educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação. Além disso, de acordo com o Código, o percentual de 5 % do valor das multas de trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito.
Apesar da importância da orientação, que já é realizada diariamente, o agente de trânsito da Setran deve fiscalizar e autuar os condutores que não estejam de acordo com a lei, atividade esta que tem, inclusive, a função de prevenção de acidentes e de defesa da vida de pedestres, ciclistas e demais condutores.
Os agentes de trânsito devem ter autoridade e autonomia na fiscalização do trânsito e seu trabalho deve ser respeitado não apenas pelos usuários, mas principalmente pelas autoridades, já que só é multado quem transgride a lei. Além disso, o condutor só respeitará a legislação se tiver certeza que será punido ao ignorá-la.
O Sindiurbano-PR questiona se o secretário está propondo a mudança do Código de Trânsito Brasileiro quando afirma que a função do agente será apenas de orientação. Isso porque o CTB define o Agente da Autoridade de Trânsito como a pessoa, civil ou policial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento.
Declarações irresponsáveis como a do secretário de Trânsito, estimulam os condutores a não respeitarem o trabalho dos agentes de trânsito e não aceitarem nem mesmo a orientação. Por outro lado, o Sindicato questiona o secretário como o agente irá apenas orientar o condutor quando este avançar o sinal vermelho ou dirigir em alta velocidade no centro da cidade e em bairros residenciais.
O secretário de trânsito deveria, primeiramente, conhecer a SETRAN e as atividades desempenhadas pelos trabalhadores, ao invés de fazer declarações irresponsáveis. Além disso, os agentes de trânsito aguardam a visita do secretário, já que Krüger ainda não se apresentou para todos os trabalhadores da Secretaria, entre eles, muitos agentes de trânsito.
Ouvi a declaração do Sr. Joel Krüger e não vi tudo isso que o SINDIURBANO alega repudiar.
Achei que o Sr. Joel Krüger ao ser entrevistado nada mais declarou a não ser o pensamento do cidadão comum que roda pelas ruas de Curitiba e acaba caindo nas “armadilhas” montadas pela prefeitura (radares com limitações diferenciadas por exemplo do radar no inicio do Botiatuvinha de 40 km por hora numa via de 60 km verdadeira “armadilha”), agentes da SETRAN despreparados (com metas de voltarem com blocos de autuação repletos sim….ou o SETRAN não pensa que alguns de seus componentes não falam isso ao sairem de seus “serviços junto a comunidade onde vivem?).
Agora quem paga pelo consumo de combustivel do cidadão comum que fica parado nos congestionamentos ocasionados pela falta de infra estrutura de responsabilidade da Federação, Estado e Prefeitura e que depois de sair de um congestionamento tem que acelerar pra cumprir um compromisso assumido?
Porque a Avenida das Torres tem sinaleiros onde deveria ter passarelas e que obrigam muitos carros a pararem pra passar um pedestre?
Porque não criar novos meios de mobilidade de massa que não agridam o meio ambiente, por exemplo: Monotrilho elevado do aeroporto até a rodoferroviária?
Esse monotrilho exige poucas indenizações, a Avenida das Torres tem largura suficiente para a implantação. A manutenção aérea e mais fácil do que a subterranea e não para o transito como a de superficie. Seriam 5 estações (Chapéu de São José, Condor, Wall Mart, Big e Rodoferroviara, que é o unico local onde se pode criar uma estação sem agredir a infra estrutura existente.
E muitas outras soluções que estão a vista mas não há “interesse” das autoridades.