O Sindijor repudia a agressão covarde de que foi vítima hoje (25) a jornalista Cristiane Fortes, proprietária do jornal Metropolitan’s Notícias, de Quatro Barras.
Ela fora à Prefeitura Municipal cobrar explicações sobre uma matéria publicada no jornal Agora Paraná (diário oficial do município), na qual o promotor de Justiça do município criticava duramente o trabalho da jornalista e o trabalho investigativo que ela faz contra autoridades da cidade.
Cristiane vislumbrava na publicação – na qual é acusada de parcial e de exercer trabalho jornalístico com viés político – uma orquestração do grupo político que comanda o município e postou como resposta mensagens de protesto à reportagem no seu perfil no Facebook.
Ao chegar à Prefeitura, quis falar com o assessor de Planejamento, Frederico Bernardi. Antes que falasse, Cristiane foi vítima de um soco no rosto desferido pelo assessor. Indo ao chão, a jornalista ainda foi chutada por Bernardi, que precisou ser contido por outros servidores.
A jornalista teve de ser atendida em hospital para receber sete pontos de sutura na boca (cinco internos e dois externos) e avaliar uma possível fratura na região do nariz. Após representação na polícia, submeteu-se a exame de corpo de delito no IML de Curitiba.
Apesar de abalada, Cristiane disse que a agressão não a surpreende. Ela alega que sofre já há algum tempo ameaças e retaliações por conta de seu trabalho de investigação de irregularidades no município.
A mais recente delas foi a exoneração de seu filho de um cargo em comissão na Câmara de Vereadores após ela própria se recusar a assumir cargos públicos que lhe foram oferecidos. Os cargos serviriam, segundo ela, como um “cala-boca”, a fim de afastá-la de seu trabalho no Metropolitan’s Notícias.
Ela acredita que esteja sendo perseguida agora por ter assumido que, mesmo sendo um jornal de fora de Curitiba, o Metropolitan’s publicava reportagens pagas da Câmara Municipal de Curitiba – um dos desdobramentos do escândalo de verbas para publicidade do caso Derosso e que envolveria outros veículos.
Já quanto a Bernardi, o problema seriam denúncias feitas por Cristiane de que, detendo posto de secretário, ele pediu exoneração para participar de licitações no município, retornando posteriormente à Administração municipal. Nada, em absoluto, justifica a covarde agressão de que a jornalista foi vítima.
O trabalho da imprensa tem de ser livre e todas as divergências e erros têm de ser dirimidos e sanados nas instâncias apropriadas que a sociedade democrática construiu para tanto.
À colega Cristiane fica nossa solidariedade, e ao assessor, agora afastado, todo o repúdio da categoria por sua atitude absurda de desrespeito à jornalista e à imprensa. (Via Boletim Sindijor)
Eu também repudio. Isto é coisa de “ôtoridade” que pensa manda em tudo nessas cidadezinhas muquiranas.
MP nessa tigrada, JÁ!!!
O cara é machão????Queria morar lá e ter meu jornalzinho pautando estas matérias e ver se o cara “bate bem ” mesmo…safado, precisam tomar as providencias juridicas e não arregar até ele pagar e caro por tamanha covardia..ele vai achar um macho na cadeia pra devolver o ato covarde…