O presidente do Sinclapol, André Gutierrez, e o diretor de Assuntos Parlamentares, Sidnei Belizário de Melo, seguiram, na tarde desta quarta-feira, 10, para o município de Imbituva, nos Campos Gerais, para entregar um pedido de providências ao juiz responsável pela comarca da região.
O documento pede medidas legais para ações da Justiça que resultem no fim da custódia e escolta irregular de presos em unidades policiais. “Pedimos, simplesmente, o cumprimento da lei, que impede o desvio de função dos policiais e o problema da superlotação carcerária”, ressaltou Gutierrez, presidente do Sinclapol.
O movimento dos dirigentes sindicais reflete contraponto ainda à rebelião promovida hoje pelos detentos da Polícia Civil de Imbituva, nos Campos Gerais. “A rebelião está controlada, mas reflete a precariedade da situação das delegacias de polícia no Paraná, o desvio de função dos nossos policiais e a superlotação carcerária. Por isso, hoje vamos entregar ao juíz e promotor responsável pela Comarca um pedido de providências porque ninguém aguenta mais esta situação”, disse Gutierrez.
Rebelião
O motim começou por volta das 12h30 de terça-feira (9) depois que policias evitaram duas tentativas de fuga durante o dia anterior. Os presos atearam fogo nos colchões na tentativa de impedir a ação da polícia. 10 detentos devem ser transferidos ainda esta noite.
A movimentação dos detentos começou no dia anterior quando policiais frustraram duas tentativas de fuga. Os agentes descobriram um túnel na madrugada de segunda-feira (8). O buraco foi fechado, mas um grupo tentou reabrir a passagem. Como foram novamente impedidos de escapar, eles teriam começado a agitar a carceragem.
A rebelião estourou logo no início da tarde desta terça-feira (9) quando os presos tentaram quebrar a porta do solário que dá acesso a carceragem. A única exigência dos detentos era a presença de um juiz e um promotor para acompanhar as negociações.
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